Home Política Bolsonaro corta mais de 500 mil famílias de Mato Grosso do chamado Auxílio Brasil

Bolsonaro corta mais de 500 mil famílias de Mato Grosso do chamado Auxílio Brasil

10 min ler
0

A deputada federal Rosa Neide (PT), afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não tem compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras e com as famílias mais vulneráveis do País. A sua fala é pautada no fato de que ao longo desses quase três anos de gestão, nenhuma política pública sustentável de combate a miséria e a fome foi implementada. “Muito pelo contrário, Bolsonaro trabalhou para desmontar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e políticas como o Bolsa Família, que nas duas últimas décadas foram responsáveis por retirar o Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU)” aponta a deputada.

Em meio a maior pandemia dos últimos 100 anos, a fome que já afligia milhões de brasileiros se agravou e o presidente da República se recusou a ofertar apoio digno aos trabalhadores e vulneráveis para que ficassem em casa, visando reduzir a propagação da Covid-19.

A palavra de ordem do presidente foi: vá às ruas, continuem aglomeradas e não esperem nada do governo. Um verdadeiro se virem! Alheio à vontade de Bolsonaro, a Câmara dos Deputados deu início no primeiro semestre de 2020 as discussões para criação do Auxílio Emergencial. Bolsonaro queria pagar apenas R$ 200,00. Porém, com muita luta, a proposta do Partido dos Trabalhadores e dos demais partidos do Oposição de R$ 600,00 foi aprovada.

O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 começou a ser pago em abril de 2020 e contribuiu muito para amenizar o sofrimento de milhões de trabalhadores desempregados, de famílias em situação de miséria e de fome. Lutamos muito na Câmara pela prorrogação do pagamento dos R$ 600,00, mas em setembro, Bolsonaro reduziu o valor para R$ 300,00.

O Brasil adentrou 2021, com o cenário de agravamento da pandemia e o governo ficou três meses sem pagar nenhum auxílio à população. Em março, mês que o Brasil registrou a maior média de mortes pela Covid-19, com quase 4 mil óbitos por dia, o povo brasileiro teve de enfrentar a dor da perda de seus entes queridos e a dor da fome, pela ausência de apoio do governo.

Somente em abril que a União retomou o pagamento do Auxílio Emergencial, mas reduziu o valor do benefício para R$ 150,00. Após o pagamento das quatros parcelas, o Auxílio acabou e as pessoas voltaram a ficar desassistidas.

Conforme Rosa Neide, Jair Bolsonaro jamais se preocupou com o sofrimento dos brasileiros e brasileiras, seja com dor dos familiares das mais de 600 mil vítimas da pandemia, seja com a dor daqueles e daquelas que tem fome. Para ela, o atual presidente pensa apenas em seus interesses eleitoreiros mesquinhos, por isso acabou com o Bolsa Família, programa que já tinha 18 anos e propôs o chamado Auxílio Brasil, que deverá existir apenas em novembro e dezembro de 2021 e em 2022.

“A proposta de Bolsonaro é pagar R$ 400,00 apenas no ano da eleição. Passada a eleição não haverá mais Auxílio Brasil. Podemos chamar essa iniciativa de programa social?

Se Bolsonaro quisesse mudar o nome do Bolsa Família porque foi criado pelo presidente Lula, não tem problema. Bolsonaro poderia colocar o nome que quisesse, desde que garantisse recursos no Orçamento para pagamento do Auxílio de forma perene. Todavia o chamando Auxílio Brasil não conta com recursos do Orçamento 2022 e estar a depender da aprovação da chamada PEC dos Precatórios, que ainda não foi aprovada no Senado”, aponta.

Outro fato grave, o chamado Auxílio Brasil não beneficiará todas as pessoas atendidas pelo Auxílio Emergencial. Enquanto 39.335.152 famílias foram beneficiadas pelo Auxílio Emergencial de abril a julho de 2021, o Auxílio Brasil atenderá neste mês de novembro apenas 14.506.301. Ou seja, Bolsonaro cortou 24.884.851 famílias, que estão em situação de vulnerabilidade e precisam do benefício.

Jair Bolsonaro cortou 503.190 famílias mato-grossenses do Auxílio Brasil. Esse novo Auxílio será pago a apenas 165.246 famílias. Além de cortar famílias, o governo pagará apenas R$ 400,00. Em nosso Estado, a cesta básica custa em média R$ 613,89 e o botijão de gás R$ 105,00. Além de excluir a maioria das pessoas que precisam, o Auxílio de Bolsonaro é insuficiente.

Em Cuiabá por exemplo, 124.316 famílias receberam o Auxílio Emergencial. Agora, 23.848 receberão o Auxílio Brasil. Um corte de 100.468 famílias. Em Várzea Grande, 61.698 famílias foram atendidas com o Auxílio Emergencial. Somente 17.491 receberão o Auxílio Brasil. Uma exclusão de 44.207 famílias.

“Repito, Bolsonaro não tem compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras e com as famílias mais vulneráveis de Mato Grosso e do Brasil. A redução no valor do benefício e a exclusão de milhões de famílias comprovam que esse Auxílio Brasil não se trata de uma política pública efetiva de combate à fome.

É lamentável que o presidente da República continue insensível ao sofrimento das pessoas. O Brasil precisa voltar a ter de fato programas perenes de combate à pobreza, como o Bolsa Família, e garantir recursos no orçamento para que todas as famílias que precisam sejam atendidas.

Transferência de renda aos cidadãos e cidadãs em situação de vulnerabilidade não é favor, é obrigação do Estado. Por isso, seguirei em luta na Câmara dos Deputados e em Mato Grosso, para que nosso povo volte a ser tratado com respeito pelo governo federal”, destaca Rosa Neide.

Clique aqui e veja quantas famílias Bolsonaro cortou em seu município

 

Redação/Rosa Neide-Deputada Federal

Carregue mais postagens relacionados
Carregue mais por Porto Notícias
Carregue mais em Política

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também

Sintep-MT denuncia desrespeito do governo às demandas dos educadores, durante audiência

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), …