Em sessão do Congresso Nacional, deputados federais derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro a um trecho da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que estabele o fundo eleitoral em R$ 5,7 bilhões para o financiamento das eleições de 2022. Foram 317 votos pela derrubada do veto e 146 pela manutenção. O valor é mais de três vezes maior do que destinado para esse fim em 2018, quando os partidos receberam R$ 1,7 bilhão. O veto de Bolsonaro foi derrubado por voto e apoio de partidos de Centro que estão em sua base, como o PL, o PP e o Republicanos.
Orientaram pela manutenção do veto o PSL, o Podemos, o PSOL e o Novo. A oposição liberou a bancada. A questão foi amplamente debatida pelos deputados, com a maioria favorável. Líder do PP, partido que integra, hoje, a base do presidente Bolsonaro, Cacá Leão (BA) afirmou que com a proibição, por meio de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) do financiamento privado de campanha, os parlamentares precisaram partir para o financiamento público.
No MDB, o líder Isnaldo Bulhões afirmou que é preciso “tratar esse tema de forma clara e aberta”. “Foi uma opção, o modelo de financiamento eleitoral no Brasil ser um financiamento público, um financiamento transparente, amarrado e vinculado à prestação de constas que, se não foram cumpridas, terão consequências muito duras. O MDB trata isso sem nenhum subtefúrgio, sem nenhum problema. Não podemos fazer esse tema de um cavalo de batalha”, disse.
R7