A Justiça de Tabaporã (90-km de Porto dos Gaúchos), acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado e levará ao Tribunal do Júri, Alzira Silverio Franceschini, Leticia Jheneffer Alves Freitas, Amilson Santos Pereira e Jader Hoffman Pereira pela morte de Roberto Cândido Mateus, 49 anos, ocorrido em outubro de 2019 na Estrada do Tatu, rural do município.
Amilson é o mesmo que foi condenado a 25 anos recentemente em júri realizado em Tabaporã, pela morte de Jaqueline dos Santos, de 24 anos, que segundo a denuncia do Ministério Publico e as provas nos autos era sua amante. Na época do crime, Amilson namorava publicamente com Leticia, que também é uma das denunciadas no crime de assassinato de Roberto Candido Mateus.
Já Alzira, era sogra da vítima que foi assassinada a tiros. O crime teria custado R$ 25 mil.
A denúncia
A Promotoria denunciou o grupo por homicídio qualificado pelo pagamento ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A denúncia foi assinada pela promotora Anízia Tojal Serra Dantas. Conforme o MPE, Alzira junto com Letícia, advogada da esposa de Roberto, e Amilson organizaram o crime. Alzira foi também quem forneceu o dinheiro para o pagamento pela morte do ex-genro.
Amilson fez o desconto do cheque do pagamento que seria efetuado ao seu primo Jader, pelo assassinato. Parte do dinheiro, R$ 5 mil, foi entregue antes do crime, durante um encontro no escritório de Letícia. Mais R$ 15 mil seriam pagos após a morte de Roberto.
O dia do crime
A Promotoria lembra que o inquérito policial narra que, no dia do crime, Jader foi até a estrada de acesso à fazenda onde a vítima trabalhava e aguardou Roberto.
Quando avistou a vítima, fez um sinal pedindo que ela parasse e então, efetuou os disparos, que atingiu o crânio, face e até a região cervical. Roberto não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O corpo foi descoberto depois que uma denúncia anônima foi feita à Polícia Militar, narrando que havia um homem coberto de sangue, dentro de um carro, na estrada do Tatu.
Após a morte, conforme a denúncia, Letícia foi quem deu a notícia à Alzira e avisou que a mulher não deveria falar sobre o crime com ninguém.
A motivação
O MPE destacou que o motivo torpe que resultou no crime. “Alzira arquitetou a morte de seu ex-genro, motivada pelo abjeto e repugnante desejo de que sua filha ficasse com a posse dos bens patrimoniais do ofendido após o divórcio do casal.”
A denúncia foi recebida pela Justiça no ultimo dia 19 de novembro.
Todos os denunciados estão presos. As mulheres na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e os homens na Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos.
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Fonte: Redação do Porto Noticias