A deputada federal Professora Rosa Neide (PT) criticou o governo Bolsonaro pela redução do Auxílio Emergencial para R$ 250 e pelo corte de 22 milhões de brasileiros e brasileiras, que receberam parcelas do benefício no ano passado e não receberão este ano.
Para Rosa Neide, a incompetência de Jair Bolsonaro trouxe o caos ao País com recorde de mortes pela Covid-19 e mais da metade da população com insegurança alimentar. Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) divulgados na segunda-feira (05), apontam que pela primeira vez em 17 anos, 116,8 milhões de brasileiros e brasileiras estão em situação de insegurança alimentar (mais de 50% da população).
Nesta segunda-feira (06), o governo iniciou os depósitos do Auxílio 2021 nas contas automáticas (Caixa Econômica), dos beneficiários nascidos no mês de janeiro. O governo também apresentou um calendário de depósitos. O benefício médio será de R$ 250 com duas exceções: mulheres chefes de família receberão o valor de R$ 375 e as famílias unipessoais receberão o valor de R$ 150. Os saques do dinheiro serão permitidos a partir do dia 04 de maio.
“Ocorre que Jair Bolsonaro cortou o Auxílio de R$ 600 em setembro de 2020. Pagou R$ 300 até dezembro. O povo ficou sem nenhum real de auxílio em janeiro, fevereiro, março e ficará em abril. Conseguirá acessar somente em maio, e um auxílio menor, de apenas 250 e para menos pessoas. Esses cortes ocorrem justamente em meio a segunda e pior onda de infecções e mortes pela Covid-19. É desumano e cruel o que esse desgoverno está fazendo com o povo”, afirmou Rosa Neide.
A deputada destacou que o PT na Câmara continuará na luta para que o Auxílio volte a ter o valor de R$ 600. A Medida Provisória (MP 1039/2021), que recria o Auxílio e autoriza os pagamentos de R$ 250, em média, precisa ser aprovada no Congresso Nacional. “Lutaremos para que volte o valor originário de R$ 600 e para que o Auxílio permaneça até o fim da pandemia”, afirmou.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS) corroborou a afirmação de Rosa Neide de luta no Congresso, pela retomada dos R$ 600. “O valor proposto por Bolsonaro é ínfimo, que não vai resolver o problema das pessoas mais pobres que estão sem renda e nem mesmo vai ajudar a economia com aumento do consumo. Por isso, o PT vai pressionar para que a medida provisória seja votada no plenário do Congresso, para alterarmos da mesma forma como fizemos no ano passado, quando o governo queria dar R$ 200 e nós aprovamos os R$ 600. Queremos agora, no mínimo, a continuidade desse valor até o fim da pandemia”, afirmou.
Cesta básica
O valor médio do novo auxílio (R$ 250) não paga nem metade da cesta básica para uma família com quatro pessoas (dois adultos e duas crianças). Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês de fevereiro o custo médio da cesta básica de alimentação para uma família ficou em R$ 551,83. Somado ao valor do botijão de gás, média de R$ 90, o valor total para uma família se alimentar com o mínimo de dignidade chegou a R$ 641,83. (Com informações do PT na Câmara)
Volney Albano/Assessoria