Uma professora do Colégio Notre Dame de Lourdes, em Cuiabá, foi suspensa pela instituição por três dias após fazer comentários político-partidários contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante aula ministrada aos alunos do 3° ano.
Na aula, a educadora expôs sua opinião e criticou os atos do presidente, além de responsabilizá-lo pelo elevado índice de desmatamento e outros crimes ambientais.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o Sintep, sindicato da categoria, diz que é estarrecedor a notícia da suspensão, como punição a uma professora por disser a verdade, em sala de aula, sobre as questões da atualidade envolvendo o genocídio de pessoas pela política nefasta do governo federal. Bem como, as questões do meio ambiente, como por exemplo, a garimpagem em terras indígenas e desmatamentos. Trata-se de fato verdadeiros e que tem o DNA do Governo Federal.
O presidente do Sindicato, Professor Valdeir Pereira, diz que a suposta punição da professora é um ato de covardia.
“Pelas notícias, o teor das informações da aula da professora estão amplamente respaldo na verdade. Portanto, é um abuso, por parte do colégio, a suspensão da professora. Respeitamos a diversidade e isso incluiu pais seguidores fiel do bolsonarista. Mas, compreendemos que podem até podem não gostar dos fatos ensinados pela professora. Mas, não tem como encobrir e falsear a verdade dos fatos. Assim como não tem como esconder do sol com uma peneira”, ressalta no comunicado.
O líder sindical termina a nota se solidarizando com a professora, e diz esperar que OAB, Direitos Humanos, Ministério Público e outras instituições não se calem diante de tal arbitrariedade e abuso.
Por meio de nota, a instituição se manifestou sobre o caso. Veja a íntegra.
NOTA DA INSTITUIÇÃO
Colégio Notre Dame de Lourdes, uma das escolas mais tradicionais de Cuiabá, emitiu uma nota de retratação às famílias, esclarecendo que não apoia tal conduta, e que a professora foi suspensa por três dias. Ainda, segundo a nota de esclarecimento, a professora está envergonhada e arrependida, pois sabe que não é esse seu papel na escola e que ela infringiu um artigo do código de ética assinado pelo corpo docente. E por fim, a escola esclarece que os alunos terão aula normalmente.
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