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SLC atribui fogo em reserva legal em Porto dos Gaúchos a terceiros e diz que preserva 33% de suas fazendas

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A SLC Agrícola divulgou comunicado confirmando a existência de uma queimada em uma propriedade sua em Mato Grosso, mas disse que o incêndio foi criminoso e provocado por terceiros. A companhia disse ainda que preserva 33% da “área total de suas fazendas”.

A ocorrência de sinais de fogo na Fazenda Perdizes, em Porto dos Gaúchos (MT), foi revelada após denúncia da organização The Chain Reaction Research (CRR).

No comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia disse que registrou boletim de ocorrência em 4 de agosto. As queimadas foram identificadas 20 dias depois por imagens de satélite divulgadas pela CRR, nos dias 24 e 29 de agosto.
No comunicado, a SLC disse que, “em função do clima extremamente seco e da falta de chuvas, registradas nesse período do ano, são recorrentes princípios de incêndios em várias regiões, debelados pelas equipes brigadistas das propriedades”.

“A Fazenda Perdizes possui Brigadas de incêndio equipadas, caminhões tanques e EPIs para agir rapidamente no sentido de debelar os focos de incêndios nas propriedades. Também usa sistemas de mapeamento de focos de calor para identificar focos e realizar alertas para as equipes em cada Unidade. O objetivo é sempre no sentido de preservar a biodiversidade local, utilizando diversas técnicas de combate ao fogo”, disse a SLC no comunicado.
A companhia reiterou ainda no comunicado que captou R$ 480 milhões com uma emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) certificados como verdes para aplicar em projetos para alcançar a meta de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2030, com investimentos no campo e na indústria.

“A SLC reitera o compromisso com seus investidores e stakeholders de seguir as práticas sustentáveis que norteiam a gestão da empresa e de seus negócios”, disse a companhia.
Reserva legal

A queimada foi registrada dentro da reserva legal da Fazenda Perdizes – sede II. A companhia informou que a área de preservação na fazenda, somando a reserva legal e a área de preservação permanente (APP), totaliza 7,910 mil hectares.
A SLC não detalha a área específica de reserva legal. Embora a propriedade esteja dentro do bioma Amazônia, a companhia afirmou que a área de vegetação é de cerrado. Pelo Código Florestal, a reserva legal em áreas de vegetação de cerrado deve corresponder a 35% da área da propriedade.
Em seu site, a SLC informa que a área total da Fazenda Perdizes é de 42,123 mil hectares, divididas entre uma área própria e uma área arrendada. No comunicado ao mercado divulgado hoje, a companhia informa que a área da sede II é de 13,318 mil hectares.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.

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