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Um mês sem resposta: Família vive drama com sumiço de parente em Fazenda em Tabaporã

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Um mês sem resposta, momentos de angústia e sem saber o que aconteceu de fato com Narciso Floriano de Souza, 46 anos, que saiu de casa em Sinop em 04 de outubro deste ano para trabalhar em uma fazenda em Tabaporã, e dois dias após sumiu, sem deixar vestígios.

Assim vive os familiares de Narciso, que cobram das autoridades um posicionamento. Narciso foi trabalhar na Fazenda Tolimã, localizada a 50 quilômetros de Tabaporã, de propriedade de Ângelo Carlos Maronezzi.

A irmã de Narciso, Roseli Floriano disse que até o momento não há nenhuma pista do paradeiro de seu irmão, e que para piorar, segundo ela, não pode contar com apoio policial, pois ao buscar por resposta foi humilhada e ameaçada. “O Delegado de Tabaporã, a última vez que estive lá me humilhou, disse que vai me processar, me falou que o que é meu está guardado e me mandou ficar chorando em casa ao invés de ficar procurando um culpado para o sumiço do meu irmão” contou Roseli à reportagem do VG Noticias.

Contudo, o delegado de Tabaporã, João Antônio Ribeiro negou as acusações, e explicou que as buscas pararam, pois, não há nada que indique qualquer crime no local.

O delegado disse que a Polícia está sempre aberta, mas ponderou que desaparecimento, em via de regra, não é crime, mesmo assim, segundo ele, a Polícia Civil, mesmo diante do diminuto corpo que possui em Tabaporã – apenas quatro investigadores e um escrivão, se fez presente desde o início ao fim da procura.

“O senhor Narciso desapareceu no dia 6 de outubro, o desaparecimento foi noticiado à Polícia no dia 07, dia 8 já foi elaborado um ofício solicitando a presença do Corpo de Bombeiros, que se fizeram presentes no dia 09, com cão farejador, inclusive o cão farejador utilizado lá em Brumadinho, por quatro dias ou mais, não me recordo direito, foram feitas as buscas na Fazenda, e toda a sua extensão, nos principais pontos que talvez o Narciso pudesse ter passado, e posteriormente, já no dia 13, escutamos os funcionários da Fazenda que ele foi prestar serviço, escutamos também os funcionários da empresa que ele prestou serviço, familiares, fizemos acareações para tentar encontrar aí eventual indício de crime, o que até agora não foi encontrado” relatou o delegado.

Segundo o delegado, nos dias seguintes tiveram outras buscas, mas nenhuma pista que levasse ao paradeiro de Narciso. “Em 17 de outubro foram feitas outras buscas, eu pessoalmente retornei a Fazenda e ficamos lá pela manhã, junto com os bombeiros, fazendo as buscas via terrestre, posterior a isso o Corpo de Bombeiros continuou no local fazendo as buscas aquáticas, dia 18 e 19 foram feitas outras acareações. Então, então a Polícia Civil esteve presente sempre que possível, mesmo não sendo preciso, pois não há indício de crime” contou.

O delegado disse, inclusive, que é compreensível esse sentimento da família de impotência, mas não sabe por qual motivo a irmã de Narciso acionou o Ministério Público falando que a Polícia Civil tinha sido morosa, deixou de fazer aquilo que a lei determina. “E é justamente o contrário, nós fizemos a mais, nós pecamos, entre aspas, no excesso, fizemos a mais do que nos era instituído, justamente por acolher a família, a família foi atendida todas às vezes que foi na Delegacia, os irmãos, os pais, todos foram atendidos, enfim, a senhora Roseli foi ao Ministério Público fez uma denúncia e a Polícia teve que explicar o que foi feito, assim como estou fazendo com você” destacou.

Ele enfatiza que Polícia sempre respeitou e sempre vai acolher e está aberta as críticas, mas é uma grande injustiça com todos os servidores da Delegacia de Tabaporã falar que não foi feito o serviço. “Me sinto até espantado, não surpreso, mas espantado em ela falar que foi humilhada e ameaçada, sendo que, na verdade, isso não aconteceu. Orientamos a senhora Roseli de que eventual novos indícios, novas informações, que ela viesse a nós, mas de maneira mais concreta, ao invés de ir à Fazenda e conversar com funcionários, pois isso acaba induzindo novos pensamentos, induz as falsas memórias. De toda forma, a Polícia está aberta as investigações, que em tese estão paradas porque já foram ouvidas todas as pessoas que tinham um envolvimento, mas estamos no aguardo de novas informações”.

Ao finalizar, o delegado ponderou que a Delegacia está de portas abertas, e que todos os servidores cumpriram com zelo suas funções. “De forma alguma a gente nega o anseio da família em encontrar um resultado, um culpado, mas infelizmente o nosso trabalho é de ação e não de resultado, não é sempre que a investigação inicia que vamos ter um resultado, tem mais uma série de fatores que nem vem ao caso. A Polícia está sempre aberta, nunca foi grossa, humilhou, ríspida, ou deixou de fazer o que tinha que fazer, pelo contrário. O nosso trabalho não se move com elogios, independente disso continuaremos trabalhando, porque somos pagos para isso e fazemos o serviço que tem que ser feito” pontuou.

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