O anúncio do deputado estadual reeleito Eduardo Botelho (DEM) em uma entrevista na manhã de quinta-feira (31) de que o deputado Valdir Barranco (PT) seria o 2º secretário da chapa com a mesa diretora da Assembleia Legislativa, causou polêmica entre os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). O racha, que vem desde a última eleição, quando ocorreram divergências sobre o lançamento ou não de candidatura própria para o governo do Estado, continua e teve um novo capÃtulo essa semana.
Em uma carta divulgada, que tem 33 assinaturas, os militantes questionam os motivos para que o partido participe da chapa de Botelho, que seria o responsável no Legislativo “pelos ataques aos direitos da população e dos servidores e servidoras públicas de Mato Grossoâ€.
Os militantes também afirmam que o DEM faz parte “da base do governo de Jair Bolsonaro, explicitamente de ataques aos direitos da classe trabalhadora, à s riquezas nacionais e a favor de privatizações†e que o PT “não pode endossar o principal inimigo da classe trabalhadora na Assembleia Legislativaâ€.
O grupo encerra a carta sugerindo que tanto Barranco quanto Lúdio Cabral (PT) votem contra ou se abstenham do voto.
Do outro lado desse jogo de interesses, a Comissão Executiva Estadual do PT informou, através de nota, que em uma reunião realizada em 25 de janeiro, na qual estavam presentes 16 membros, “deliberou-se por unanimidade, autorizar os nossos parlamentares deputados estaduais, Valdir Barranco e Lúdio Cabral, a participarem da composição da mesa diretora da AL/MTâ€.
O objetivo, segundo a Executiva, seria buscar “maior autonomia e independência do poder legislativo; e maior espaço de articulação polÃtica da ação parlamentar; nas diferentes comissões e frentes de atuaçãoâ€.