A rejeição do documento do governo levou os profissionais da educação a reafirmarem em Assembleia Geral a deliberação pela continuidade da Greve na rede estadual, por tempo indeterminado.
A deflagração, confirmada pela categoria nesta segunda-feira (10.06), na Escola Estadual Presidente Médici, foi sucedida de Ato Público com participação de sindicatos que compõem a base do Fórum Sindical.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, explicou a continuidade da greve como a insatisfação da categoria a insuficiência do documento resposta à s reivindicações. Conforme esclareceu, o ofÃcio não apresentou um cronograma de reformas das escolas, apenas que fará reforma daquelas elencadas pelo Ministério Público. Ignora a convocação de concursados até mesmo para as vagas abertas pelo edital e não ocupadas.
“A greve hoje cobra do governo que cumpra a Constituição e a Lei 510/2013. Os profissionais são penalizados pela polÃtica adotada no governo, quando não cumpre o artigo 245 da Constituição Estadualâ€, afirma Valdeir.
Com 15 dias de paralisação os educadores voltaram a dar o recado para o governo Mauro Mendes que não aceitam retrocesso de direitos, muito menos tentativa de intimidação, via corte de ponto, ameaça de Processo Administrativo. “O governo novamente só lê a parte que interessa da Lei. A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre ilegalidade da greve é quando há ilÃcito. Se existe é por parte do governador Mauro Mendes, que descumpre a Constituiçãoâ€, ressaltou Henrique Lopes.
Entre os encaminhamentos aprovados está um calendário de atividades, com mobilizações, atos unificados, até o dia 24 de junho, quando está marcada uma nova plenária de avaliação do movimento. No intervalo os dirigentes programam colaboração da Assembleia Legislativa de Mato Grosso; inclusive com atuação na CPI dos incentivos fiscais, para cobrar o cumprimento do artigo 245 da Constituição, que o parágrafo 3 determina a compensação dos percentuais da Educação sobre as isenções e renúncias fiscais.
E ainda, solicitar audiência com Ministério Público Estadual (MPE) para tratar sobre sua posição institucional durante a greve e também atuar como mediador. Paralelamente, o Sintep/MT encaminha documento do Sindicato ao Governo para cobrar novos entendimentos sobre os pontos que foram respondidos, além de acionar a Justiça quanto a irregularidade do “corte de ponto†dos/os educadores/as em greve.