Entre os 141 municÃpios de Mato Grosso, os 10 melhores em gestão fiscal geral são do interior do estado. Os dados são de um estudo publicado pela Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Ãndice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), de outubro de 2019. Os municÃpios de São Félix do Araguaia, Alto Garças e Nova Xavantina lideram o ranking em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente. Cuiabá supera a média nacional.
Além destes três municÃpios, os demais que compõem o top 10 são: Santo Antônio do Leste, Castanheira, Nova Canaã do Norte, Tabaporã, Sapezal, Santa Rita do Trivelato e Nova Bandeirantes.
O estudo analisa a gestão fiscal em Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimento e Liquidez. O ranking é baseado em pontuações de 0 a 1, que classificam as gestões em excelência, boa, difÃcil e crÃtica.
Os dados disponibilizados para consulta são contabilizados entre 2013 e 2018. Nos anos de 2013, 2016 e 2018, São Félix do Araguaia teve sua gestão classificada como excelência. Já em 2014, 2015 e 2017 foi classificado como boa. Apesar dos bons Ãndices registrados durante seis anos, nos setores de autonomia e investimentos o municÃpio teve sua gestão classificada como dificuldade nos anos de 2014 e 2015 em autonomia e 2014 e 2017 em investimentos.
O municÃpio de Mato Grosso com o menor IFGF geral registrado é Novo Horizonte do Norte, com classificação crÃtica, ocupando a 128ª posição, em 2018. Entre 2014 e 2017 a avaliação foi classificada como difÃcil, enquanto em 2013 a classificação também foi crÃtica. Entre os 141 municÃpios, 13 não disponibilizaram dados ou apresentavam inconsistências que impediram a análise.
A capital mato-grossense supera a média nacional de 0,4555 no IFGF geral, com 0,4931 pontos. Cuiabá também supera a média em Autonomia e registrou a pontuação máxima. Em Investimentos, a cidade também registram números superiores, 0,5702, quando nacionalmente a médica é 0,4747.
Centro-Oeste
No Centro-Oeste, foram analisadas 421 prefeituras. Desse total, 60% delas apresentaram gestão fiscal difÃcil ou crÃtica no IFGF geral, são 272 prefeituras nessa situação. A média do IFGF geral foi de 0,5422 pontos, situação melhor que a nacional. Já em Autonomia, a região registrou média 0,5141 (difÃcil), enquanto nacionalmente a média é de 0,3855 (crÃticia).
O IFGF de Liquidez apresentou o melhor Ãndice da região, registrando 0,6990 contra 0,5314 pontos da média nacional. De acordo com o estudo, o Centro-Oeste apresentou a melhor capacidade de planejamento orçamentário de todo o paÃs. Entre as prefeituras analisadas, 41,8% tiveram excelência, enquanto apenas 33 delas receberam nota 0 por fecharem o ano sem recursos em caixa.
Panorama nacional
Nacionalmente, 73,9% dos municÃpios brasileiros, o que totaliza 3.944 cidades, possuem classificação difÃcil ou crÃtica no IFGF geral. Já quanto ao IFGF Autonomia, 1.856 prefeituras não geram receitas suficientes para financiar sua estrutura administrativa. No total, o estudo analisou as contas de 5.337 municÃpios.
Quanto aos IFGF de Gastos com Pessoal, 69,9% possuem gestão crÃtica ou difÃcil. Deste montante, 49,4% (classificadas como gestão crÃtica) gastou mais de 54% da Receita Corrente LÃquida (RCL) com a folha de salário do funcionalismo público. Esses municÃpios ultrapassaram o limite de alerta definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Em relação ao IFGF de Liquidez, 1121 prefeituras estão em “cheque especialâ€. Esses municÃpios terminam 2018 sem recursos em caixa para cobrir as despesas postergadas para o ano seguinte. No total, 57,2% das cidades tiveram suas gestões classificadas como difÃcil ou crÃtica, enquanto 42,8% tiveram classificação boa ou de excelência.