O ex-presidente da Assembleia José Riva teria dito em seu acordo de colaboração premiada que o ex-governador Blairo Maggi pagou R$ 1,1 milhão em propina ao desembargador aposentado Evandro Stábile para ser favorecido em processos na Justiça Eleitoral. Stábile foi aposentado compulsoriamente após ser condenado por venda de sentenças, em processo da Operação Asafe, enquanto era presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
A informação sobre a delação de Riva foi publicada pelo blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo. No documento, consta que o anexo 11 do acordo de colaboração traz a informação de que o caso teria ocorrido entre 2009 e 2010, época em que Blairo estava deixando o governo para disputar o Senado. Silval Barbosa, que era vice à época, ficou como governador e acabou reeleito.
A negociação teria sido feita entre Blairo e Silval para o pagamento de valores ilegais a Stábile. Os repasses, feitos em uma parcela de R$ 500 mil e outra de R$ 600 mil, teria sido realizados com intermediação do empresário Júnior Mendonça e do ex-secretário Eder Moraes, além da participação do ex-juiz-membro do TRE-MT e ex-procurador da Assembleia Eduardo Jacob (falecido em 2012).
Riva diz ainda que acreditar que a origem do dinheiro teria sido de desvios ocorridos no Poder Executivo à época. “A propina teve a finalidade garantir o apoio do Desembargador a época na esfera eleitoral sobre questões pendentes da campanha eleitoral de Blairo – Silval (vice)”, diz o documento.
Veja nota de Blairo Maggi:
Sobre a repercussão da delação do ex-deputado José Riva, o ex-governador Blairo Maggi afirma que encerrou seus 8 anos de Governo com 92% de aprovação popular, pois, sua gestão pautou-se na eficiência e transparência. Nunca houve compra de apoio político por parte do Executivo, e por isso, Maggi jamais pactuou com quaisquer irregularidades.
A versão apresentada pelo criminoso delator não se sustenta, pois basta comparar os orçamentos anteriores com os executados durante a gestão e concluir que: houve significativa redução dos repasses! São números, documentos e não ilações! Assim, são absurdas as afirmações do delator. Maggi afirma que tomará todas as medidas cabíveis contra acusações infundadas como essa.