O jornalista Pedro Figueiredo, da TV Globo, usou seu perfil no Instagram, nesta quarta (16), para comentar a repercussão sobre o discurso de cunho homofóbico feito pelo padre Paulo Antônio Müller, da Pastoral Familiar, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Tapurah, que chamou o profissional e o marido dele – também funcionário da emissora -, Erick Rianelli, de “viadinho”.
A polêmica ocorreu na noite deste domingo (13) durante uma transmissão ao vivo pela internet da missa da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Tapurah.
O líder religioso, que desativou as suas páginas nas redes sociais, criticou a união homoafetiva que, segundo ele, estaria em desacordo com os dogmas religiosos. “Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação”, respondeu o jornalista.
Depois, ele menciona trecho da oração de São Francisco “onde houver ódio, que eu leve o amor” e completa: “é assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido”, escreveu Pedro Figueiredo no Instagram.
O caso ganhou repercussão após o ativista Antonio Isuperio, conhecido defensor de direitos humanos, publicar o trecho da missa em sua conta do Instagram. A fala do padre ganhou repercussão na live da igreja e vários internautas postaram comentários indignados. Alguns lembravam o líder religioso sobre a homofobia e outros ainda indagaram sobre os escândalos de abusos sexuais envolvendo crianças e a Igreja Católica.
Ontem o jornalista e bloguieiro Hugo Gloss, em seu perfil, mostrou também comentou o episódio homofóbico. Ele frisou, em postagem, que Pedro Figueiredo soube da situação ontem (16) pela manhã. ” Pedro e Erick, deixo aqui a minha solidáriedade. O amor de vocês é lindo e é disso que esse mundo precisa! Além de Justiça, é claro”, apontou.
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito para investigar o padre. “Em relação às declarações homofóbicas feitas durante uma missa por um padre da Igreja Católica no município de Tapurah, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso informou que instaurou procedimento investigatório para apurar os fatos e colher os subsídios necessários para adoção de medida judicial cabível”, diz o órgão em nota. A Igreja Católica, por enquanto, não comentou o assunto.
Bárbara Sá/RD News