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Taxa de desemprego recua para 13,7%, mas País ainda tem 14,1 milhões em busca de trabalho

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A taxa de desemprego recuou para 13,7% no trimestre encerrado em julho, depois de bater em 14,7% no trimestre até abril. Apesar do recuo, o País ainda tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de pessoas ocupadas avançou 3,6%, chegando a 89 milhões. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,2%. “Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no País”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Apesar do avanço “bastante significativo”, segundo Adriana, na população ocupada, o resultado ainda é insuficiente para recuperar o total de postos perdidos na crise causada pela covid-19.

No início de 2020, a população ocupada somava em torno de 94 milhões de pessoas. Ou seja, a comparação com o contingente atual ocupado, entre formais e informais, indica que ainda há 5 milhões de postos de trabalho a menos do que antes da pandemia. “Temos um patamar de ocupação que ainda é bem menor do que a gente tinha no período pré-pandemia”, afirmou a pesquisadora do IBGE.

Ela destacou que a recuperação de vagas de trabalho se deve a avanços na normalização das atividades econômicas, com o ampliação da vacinação contra a covid-19 e a redução de medidas de restrição ao contato social.

“Qualquer recuperação, de fato, passa também pela superação, ainda que em parte, das dificuldades oriundas da pandemia”, afirmou a pesquisadora, lembrando que os dados são de dois meses atrás. “Em julho, vacinação chegou aos grupos etários mais envolvidos no mercado de trabalho. Isso acaba contribuindo, sim, para que as pessoas, uma vez vacinadas, voltem à sua dinâmica de circulação”, completou Adriana.

No período também houve aumento nos postos de trabalho informais – a taxa de informalidade passou de 39,8% para 40,8% no trimestre encerrado em julho.

O emprego com carteira assinada avançou 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, somando 30,6 milhões. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o contingente aumentou 4,2%, com mais 1,2 milhão de pessoas ocupando uma vaga formal. Segundo o IBGE, é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020 na comparação anual.

O trabalho por conta própria manteve a trajetória de crescimento e atingiu o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, um aumento de 4,7%. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o avanço foi de 17,6%. “Essa é a forma de inserção na ocupação que mais vem crescendo nos últimos trimestres na PNAD Contínua, embora o trabalho com carteira assinada comece a ter resultados mais favoráveis”, afirmou Adriana.

O trabalho doméstico cresceu 7,7%, somando 5,3 milhões pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2020, o aumento chegou a 16,1%. As expansões trimestral e anual foram as maiores em toda em toda a série histórica da ocupação dos trabalhadores domésticos.

Os dados do IBGE são diferentes, tanto em termos de metodologia quanto de período de referência, das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo de responsabilidade do Ministério do Trabalho, divulgadas na quarta-feira, 29.

Conforme o saldo de demissões e admissões do Caged, foram criadas 372.265 vagas de emprego formal em agosto. No acumulado até agosto de 2021, o saldo do Caged aponta para a criação de 2,203 milhões de vagas. Nos oito primeiros meses do ano passado, nos primeiros meses da pandemia de covid-19, foram extintos 849.387 empregos formais.

Estadão

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