Home Porto dos Gaúchos Acusados de matar e esquartejar colega de trabalho em 2019 em fazenda no interior de Porto dos Gaúchos são condenados a 77 anos

Acusados de matar e esquartejar colega de trabalho em 2019 em fazenda no interior de Porto dos Gaúchos são condenados a 77 anos

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Em júri popular realizado na última quarta-feira (05 de outubro), no fórum da comarca de Porto dos Gaúchos, Ronaldo da Luz Felix, vulgo “Parazinho” e Ilson Rosa de Oliveira, vulgo “Neguinho”, foram condenados a penas que juntas somam quase 77 anos de reclusão.

Ronaldo que participou da sessão do júri de forma virtual de dentro da cadeia, foi condenado pela maioria dos jurados a penas que juntas somam 40 anos, 08 meses e 15 dias de reclusão, por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e ocultação de cadáver. Descontados os 03 anos, 04 meses e 15 dias que já se encontra preso, restam da pena a cumprir 37 anos e 04 meses.

Já Ilson que se encontra foragido desde a data do crime, também foi condenado pelos mesmos crimes a um tola de 35 anos e 10 meses de reclusão.

Os dois foram acusados de matar e esquartejar a vitima que restou identificada durante todo o período processual apenas como “Gordinho”, no dia 20 de maio de 2019 na zona rural de Porto dos Gaúchos, na fazenda “Foi Deus que me deu”, também conhecida como “Fazenda Abacaxi”.

A denúncia oferecida pelo Ministério Público, narrou que os denunciados cometeram o crime em unidade de desígnios, com consciência, vontade e ânimo de matar, impelidos por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Para assegurar a impunidade de outro crime, eles tentaram matar também José Alves de Araújo, o “Lorão” que mesmo baleado conseguiu fugir pela mata, e pedir ajuda no dia seguinte, sendo socorrido e levado ao hospital em Porto dos Gaúchos.

Durante o julgamento, a defesa do réu Ronaldo que participou da sessão do júri, pugnou por sua absolvição por ausência de prova de autoria, e que ele teria agido em legítima defesa, desqualificando o homicídio tentado para lesão corporal, o que não foi acatado pelos jurados.

Conforme depoimento do sobrevivente Lorão durante o inquérito, Ronaldo e Ilson adentraram à residência onde estava a vítima na noite do crime, e na sequência ele ouviu disparos de arma de fogo vindos do interior do local. Em seguida avistou Gordinho baleado e caído ao chão.

Nisso, Ronaldo foi em sua direção e desferiu um tiro de espingarda calibre 12 contra ele, acertando-o no braço esquerdo, momento em que ele correu embrenhando-se na mata, sendo perseguindo. Somente no dia seguinte ele conseguiu pedir socorro em uma fazenda vizinha.

Consta ainda na denúncia que na noite do assassinato de Gordinho, os acusados destruíram e ocultaram o cadáver da vítima, esquartejando-o em inúmeros pedaços, os quais foram lançados em um córrego nos fundos da fazenda.

Ronaldo, o “Parazinho” já se encontrava preso desde o dia seguinte ao crime. Já Ilson Rosa, o “Neguinho”, nunca foi encontrado e se encontra foragido.

A fazenda onde ocorreu o crime, é a mesma onde em 1º de abril de 2021 mais duas pessoas sofreram tentativa de homicídio. As vítimas, tio e sobrinho, estavam dormindo na fazenda quando um grupo de cinco homens, portando armas invadiram o barraco. O grupo tentou render os dois homens, mas um deles conseguiu escapar e se esconder, ainda assim, os suspeitos atiraram contra ele, contudo ele não foi atingido.

Já a outra vítima, de 28 anos, foi rendida e os suspeitos jogaram um líquido inflamável em seu corpo e atearam fogo, fugindo em seguida.

O tio, de 42 anos, que tinha conseguido escapar, socorreu o sobrinho que estava com queimaduras graves e o levou a uma unidade de saúde de Porto dos Gaúchos. Pouco tempo depois, o dono da fazenda foi preso acusado do crime.

Fonte: Porto Noticias

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