“A Reforma da Previdência trará graves consequência também para os já aposentados/asâ€, a afirmação e da secretária de Seguridade Social do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Angelina de Oliveira Costa, que junto com a secretária adjunta da pasta, Francisca Alda, participou das discussões promovidas na reunião do coletivo de aposentados da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Segundo esclarece Angelina, o desmonte recairá diretamente sob a ideia de substituir o modelo se repartição/solidária pelo modelo de capitalização individual. “Esse modelo de capitalização já foi implantado em pelo menos 30 paÃses, dos quais mais de 50% já retornaram ao modelo de repartição, em função dos danos e prejuÃzos causados aos trabalhadores/as e sociedade em geralâ€, relata.
O coletivo de aposentados/as se debruçou sobre o tema, mesmo o grupo representando pessoas que teoricamente estariam livres das decisões da Reforma da Previdência. Para os aposentados e aposentadas da rede estadual de educação de Mato Grosso, por exemplo, significará o fim da paridade e o aumento do percentual de desconto, para quem recebe acima do teto salarial do governo. “Nosso salário está equiparado ao dos trabalhadores da ativa. Conquistas, beneficiam a todos. Mas, com a Reforma isso não ocorrerá mais. Passaremos a ter correções por Ãndices desconhecidosâ€, alerta.
Para os demais trabalhadores, assalariados, o salário mÃnimo não será mais o balizador das correções, podendo ter recebimentos menores que mÃnimo estabelecido para os profissionais da ativa. “Não podemos esquecer que até mesmo o salário mÃnimo pode deixar de existir da forma que conhecemos. A reforma trabalhista implantou o ganho por hora de trabalho. Está desmontando a ideia de um valor mÃnimoâ€, disse.
Para a secretaria, os debates sobre a reforma evidenciaram que um grande percentual da população, ainda não sabe e não entende o que é a Reforma da Previdência. Angelina destaca que é necessário intensificar as ações tendo em vista a desinformação. “O grande desafio é criar estratégia para fazer as informações chegarem ao maior número possÃvel de pessoas. É preciso orientá-los sobre os malefÃcios que poderão atingir toda a todosâ€, concluiu.