O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação na reunião regional sobre os incêndios na Amazônia, prevista para a próxima sexta-feira 6, na cidade colombiana de LetÃcia, por “orientação médicaâ€, informou nesta segunda-feira seu porta-voz.
“Por questões de orientação medica, o presidente precisará, a partir de sexta-feira, entrar em dieta lÃquidaâ€, dois dias antes de uma cirurgia abdominal. “A consequência disso é praticamente inviabilizar uma viagem a Leticia nesse momentoâ€.
“O governo brasileiro está analisando a possibilidade de um substituto ao presidente da República, uma autoridade que possa representá-lo neste evento ou, “eventualmente, a postergação a fim de que o próprio presidente, pela importância que atribui ao tema, possa estar presente em uma futura reuniãoâ€, disse o porta-voz Otávio Rego Barros.
A reunião foi proposta por Peru e Colômbia, no dia 27 de agosto, em meio ao alarme internacional envolvendo o aumento das queimadas na Amazônia, cujo território abrange nove paÃses da América Latina.
No Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia, desde janeiro até domingo os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registraram 91.891 focos de incêndio, 1.390 a mais que na véspera, um recorde desde 2010 para este perÃodo. Deste total, 52% estão na região amazônica.
Os dados do Inpe apontam que apenas em agosto a Amazônia concentrou um terço de todo o fogo registrado no Brasil até aqui neste ano – 30.901 focos.
Mesmo com a cirurgia, Bolsonaro garantiu nesta segunda-feira que estará presente na Assembleia Geral da ONU para defender a posição do Brasil sobre a Amazônia, “nem que seja de cadeira de rodasâ€. O Brasil tradicionalmente realiza o primeiro discurso da conferência, marcada para 24 de setembro.
“Eu vou comparecer à ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca, vou comparecer. Porque eu quero falar sobre a Amazôniaâ€, disse Bolsonaro à imprensa em frente à sua residência oficial em BrasÃlia.
Bolsonaro passará por uma quarta cirurgia no domingo, resultante facada no abdômen que recebeu em 6 de setembro de 2018 em um ato eleitoral. Os médicos estimam que ele precisará de um repouso de 10 dias.
(Com AFP)