O Governo Bolsonaro decidiu, na manhã desta sexta-feira, 2/VIII, exonerar o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que era alvo constante de crÃticas do Presidente (sic) Bolsonaro, que considerava os dados sobre desmatamento “sensacionalistas”.
Galvão se reuniu com o ministro (sic) Marcos Pontes, de Ciência e Tecnologia, por cerca de duas horas.
Ao final da reunião, Galvão falou rapidamente com jornalistas e confirmou que a justificativa para sua exoneração foi o “constrangimento” causado por seu discurso sobre Bolsonaro.
No dia 21/VII, Galvão disse à  Fel-lha que até poderia ser demitido, mas que o Inpe era cientificamente sólido para resistir aos ataques do Governo.
Dois dias antes, durante café da manhã com jornalistas estrangeiros, Bolsonaro disse:
“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”.
Mais tarde, emendou:
“É lógico que eu vou conversar com o presidente do Inpe. [São] Matérias repetidas que apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto lá foraâ€.
Ele disse, ainda, que os dados do Inpe não correspondiam à verdade.
No dia 20/VII, Galvão rebateu Bolsonaro e afirmou ao jornal nacional:
“Ele [Bolsonaro] tem um comportamento como se estivesse em botequim. Ou seja, ele fez acusações indevidas a pessoas do mais alto nÃvel da ciência brasileira, não estou dizendo só eu, mas muitas outras pessoas”. Isso é uma piada de um garoto de 14 anos que não cabe a um presidente da República fazer”.