O CEO do Grupo VMX Agro, Carlos César Floriano, o primeiro levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que a produção está estimada em 268,7 milhões de toneladas, superando em cerca de 11 milhões de toneladas o recorde de 257,7 milhões de toneladas da última safra.
O estudo prevê crescimento de 1,3% na área cultivada, totalizando cerca de 66,8 milhões de hectares, o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais. “São dados que temos que comemorar, mesmo com a retração da economia como um todo o agronegócio traz informações positivas”, comemora Carlos César Floriano. Produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 73,8 bilhões em três meses do Plano Safra 2020/2021 para financiar a atividade agropecuária, florestal e pesqueira. O desempenho favorável do crédito rural refletiu no incremento de 28% em relação ao mesmo período anterior.
A produção de soja é estimada em 133,7 milhões de toneladas e mantém o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa. A colheita total de milho deve atingir 105,2 milhões de toneladas, também a maior da série histórica – aumento de 2,6% sobre a anterior.
Em relação ao arroz, a produção nacional será de 10,885 milhões de toneladas, ajustada ao consumo previsto. As exportações podem diminuir em cerca de 400 mil toneladas.
A produção de feijão é distribuída em três safras e, por esse motivo, pode ter ajustes maiores que as outras culturas ao longo do ano. O estímulo para uma safra é influenciado pelos resultados da colheita anterior. Com base nos dados atuais, a Conab estima produção também semelhante ao consumo. A área pode ter pequeno aumento, mas a produtividade pode recuar. No balanço, a soma das três safras é esperada em 3,126 milhões de toneladas, o que significaria diminuição de 3,2% sobre a temporada passada.
Já para o algodão em pluma, projeta-se queda na área e na produtividade, com a produção devendo se limitar a 2,8 milhões de toneladas de pluma, redução de 6,2% sobre a safra passada.
Carlos César Floriano destaca exportações
Mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19, as exportações da pluma de algodão caminham para um recorde. Até setembro deste ano, o total exportado foi de 1,2 milhão de toneladas, 49% a mais do que o acumulado no mesmo período do ano passado. Em relação ao milho, para o ano safra atual, foi mantida a previsão de exportações em 34,5 milhões de toneladas. Em setembro, os embarques alcançaram 6,6 milhões de toneladas, 2,6% a mais que no mesmo período do ano passado. Para a soja, a expectativa de venda para o mercado externo está em torno de 82 milhões de toneladas para este ano; para o próximo, são esperadas cerca de 85 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 3,7%. O suporte seria dado pelo câmbio, que pode se manter elevado nos próximos meses.