As lavouras formando um grande tapete branco denunciam a hora da colheita do algodão em Mato Grosso. Ainda no inÃcio dos trabalhos no campo e em fase de ajuste nas colheitadeiras, o Instituto de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea) aponta que a colheita de algodão no Estado avançou 1,32% até o fim de semana passado, alcançando assim 3,54% de área colhida até o momento e começando a movimentar vários setores da economia estadual.
Segundo o Imea, ao todo, os cotonicultores plantaram na safra 2018/19 cerca de 1,072 milhão hectares de algodão no estado, representando um aumento de 35% em relação à safra passada. A maior região produtora de algodão em Mato Grosso é a oeste, que contempla o municÃpio de Sapezal, por exemplo, com cerca de 361 mil hectares, seguida da região sudeste, com cerca de 328 mil hectares, que contempla o municÃpio de Campo Verde, por exemplo.
A estimativa do Imea é que a safra 2018/19 vai gerar uma produção de 1,846 milhão de toneladas de algodão em pluma em Mato Grosso. Novamente a região oeste do estado deve ser a maior produtora, com cerca de 645 mil toneladas de algodão em pluma, seguida da região sudeste do estado, com cerca de 510 mil toneladas. Depois destaca-se a região médio-norte, que contempla o municÃpio de Lucas do Rio Verde, por exemplo, com cerca de 409 mil toneladas.
A estimativa traçada pelo órgão estadual é que esta nova safra vai resultar em uma produtividade média de 115 arrobas de algodão em pluma por hectare. Dentro do avanço da colheita, os dados mostram que a região noroeste do estado, que inclui o municÃpio de Porto dos Gaúchos, por exemplo, é a mais avançada, com 6% da área colhida, seguida da região sudeste, que também inclui a cidade de Pedra Preta, por exemplo, com 4,55% da área colhida.
Com a entrada da colheita no estado, o preço do algodão em pluma finalizou a semana em queda de 0,72% e cotado a um preço médio semanal de R$ 83,32/arroba. Em relação aos negócios, o Imea também divulgou o andamento das comercializações da pluma mato-grossense para as safras 18/19 e 19/20, referente ao mês de junho. O Instituto apontou avanços de 1,68 p.p. e 3,37 p.p. para ambas as safras em relação a maio, alcançando assim 77,75% e 39,66% da produção já comercializada, respectivamente.
“Essa baixa evolução nas negociações, principalmente na safra que está no campo, está ligada à desvalorização no preço médio mensal comercializado de 0,98% para safra 18/19 e 0,92% na safra 19/20, que por sua vez foram reflexo da retração das cotações da pluma na bolsa de Nova Iorque e do dólar ao longo do último mêsâ€, analisa o órgão.
Além disso, conforme o Imea, o inÃcio da colheita do algodão no estado foi outro ponto que influenciou nas vendas da safra 18/19, visto que o cotonicultor aguarda a evolução do processo no campo e o beneficiamento da fibra para confirmar os resultados produtivos das lavouras, para que assim evolua na comercialização da pluma nos próximos meses.
Quanto às exportações, daqui em diante, com a entrada da nova safra que já está sendo colhida, segundo os dados de oferta e demanda do Imea, é esperado que sejam exportadas 1,23 milhão de toneladas de pluma da safra 18/19, representando assim 55,70% a mais que a safra 17/18, sinalizando mais um recorde no escoamento da fibra do estado.