Os produtos importados como vinhos, queijos, chocolates e bacalhau já estão mais caros nos supermercados. Com a escalada do dólar, que nesta quarta-feira (13) bateu novo recorde e passou a ser vendido a R$ 5,90, esses itens tiveram uma média de aumento de 5%.
A estimativa é da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Para o consumidor, a associação orienta a buscar substituições e alternativas em produtos de melhor custo-benefício ou nos itens nacionais.
Mas, para os chamados produtos industrializados em transformação, como pão, bolo, macarrão e biscoitos, mais difíceis de serem substituídos, o impacto deve ser maior por causa da farinha de trigo. A previsão é que os preços tenham média de aumento de 15% até julho. Isso ocorre porque o índice de reajuste varia de acordo com a porcentagem de trigo que é utilizada.
Com a crise provocada pelo coronavírus, as empresas nesse momento estão preferindo tirar da margem de risco, para não acabar repassando o impacto da moeda americana. O momento está mais para venda do que para repor custo nos preços”, afirma Omar Ahmad Assaf, vice-presidente da Apas.
Assaf explica que, além do aumento do dólar, houve problemas de produção na Argentina, principal fornecedor de trigo para o Brasil. A substituição de produtor afeta a situação tributária, o que também provoca impacto nos preços.
“A solução não é aumentar o preço. Às vezes, é a busca do custo menor, para manter o consumo maior. Cada um está buscando alternativas, não só de repassar custo, porque acaba inviabilizando as vendas”, avalia o vice-presidente da Apas.