O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) foi duramente criticado durante a sessão extraodinária desta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa. Os deputados Allan Kardec (PDT), Elizeu Nascimento (DC) e Dr Eugênio (PSB) abriram uma moção de repúdio contra o parlamentar por conta das críticas feitas ao bispo emérito Dom Pedro Casaldáliga, que faleceu no dia 8 de agosto, aos 92 anos. Barbudo usou de uma entrevista no site o Bom da Notícia para dizer que o líder católico deve ter “desencarnado no inferno” e que “comunista deve ir para o inferno”. A fala agressiva de Barbudo se deu porque Dom Pedro era defensor dos menos favorecidos, dos índios e dos povos do Araguaia.
Na tribuna, Dr Eugênio disse que Barbudo foi covarde, ao criticar uma liderança como Dom Pedro e que além disso ele criticou o povo do Araguaia. “A flta de repeito é tamanha do deputado Nelson. Ele criticou não só o bispo. Mas sim o povo do Araguaia. O nelson foi covarde. Dom Pedro morreu e agora ele critica. Isso é muito doloroso de ouvir. Assino esse ato de repúdio com certeza”, disse o médico, que é residente no baixo Araguaia, região que Dom Pedro viveu.
Em seguida foi a vez de Kardec usar a palavra e criticar Barbudo. “Esse Nelson Ned, o popular Barbudo é um despreparado e muito desrespeitoso. Isso é muito dolorido de ouvir e principalmente por mim que sou católico e de família católico. Isso é covardia. O senhor tem a chave do céu ou do inferno, deputado? Dom Pedro é muito respeito, pode até virar santo pelo Vaticano e o senhor fazendo isso. Brincadeira de mal gosto, ato de covardia e muito desumano”, concluiu.
O democrata cristão, Elizeu Nascimento, foi além com Barbudo. O chamou de discriminatório e que só faz isso para aparecer. “O senhor pecou ao dizer isso de uma homem que só fez o bem. O senhor foi muito infeliz. Mas, é assim mesmo. Sua política é de aparecer nas redes sociais, ne? Usar isso para fazer graça nas redes. Mas, o senhor tá aparecendo muito e trabalhando de menos. Temos que trabalhar. Para de criticar, para de aparecer. Precisamos de seu trabalho não de seus comentários discriminatórios”, finalizou Elizeu.