A Assembleia Legislativa derrubou o veto do governador Mauro Mendes (DEM) que impedia o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 1,1 mil aos professores contratados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A votação secreta, que ocorreu nesta segunda-feira (22) em sessão extraordinária, terminou com 16 votos favoráveis para a derrubada e 5 contrários.
A surpresa ficou por conta do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), que deixou a função de presidente para poder defender a derrubada do veto. Botelho criticou o fato do governo Mauro Mendes não ter apresentado nenhuma contraproposta para tentar amenizar a situação dos professores.
“Se esse projeto está em andamento, se esse veto está sendo apreciado é porque não veio nenhuma proposta de lá, porque tentativo nós fizemos”, disse.
Botelho disse que não defende o aumento de despesas para o Executivo. Porém, em momento de pandemia, o Estado precisa ajudar a população. “O governo precisa mudar. E a minha fala vai para o meu amigo, companheiro, correligionário Mauro Mendes (DEM). O governo precisa olhar para os pequenos nesse momento. As pessoas que dependem do Estado, que perderam o emprego da agricultura familiar, os feirantes, que não estão podendo trabalhar, precisa de uma ajuda mão do Estado e do governo”, afirmou da tribuna do Parlamento.
O chefe do Poder Legislativo também criticou a postura do secretário de Estado, Rogério Gallo, e disse que o Legislativo começa a vê-lo com outros olhos. “O governador através do seu secretário de finanças Rogério Gallo, que só diz não para tudo que chega lá, está começando e fazer com nós o veja com outro olhar. Se ele não começar a olhar para os pequenos, para os professores interinos que estão sofrendo”, reclamou.
“Será que não é para o Estado apresentar uma proposta para ele. Será que o Estado não pode através MT desenvolve ajudar os pequenos?”, completa.
Eduardo Botelho disse que evita se posicionar nas votações para garantir a sua neutralidade nas discussões, porém, em relação a este veto, disse que não tinha como ficar em silêncio. “Não gosto de defender proposta, procuro ser neutro nas votações, mas tem momento que a gente não pode nos calar. E tenho que pedir para os deputados derrubar esse veto”, finalizou.
De acordo com o projeto, o pagamento deverá ser feito pela Seduc ou pela Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setasc) e deverá atender cerca de 2,5 mil professores.