Acompanhado da vice-presidente, deputada Janaina Riva (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), esteve na manhã desta quarta-feira (19) em reunião com o governador Mauro Mendes para tratar sobre a greve dos professores da rede pública estadual. Paralelamente, uma comissão formada por deputados e representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público – Sintep se reuniu com membros do Ministério Público Estadual – MPE na tentativa de avançar nas negociações.
Botelho e Janaina falaram com o governo sobre a importância de se apresentar uma proposta para os professores. “Mas ele [governador] se mostrou muito chateado, até triste, angustiado porque acha que não tem margem para fazer proposta que não poderá cumprir lá na frente. Porém, ficou de analisar novamente com a equipe econômica, para ver se consegue pelo menos uma proposta paliativa para encaminhá-la, mas não garantiu. Primeiro porque não quer jogar a conta para outros governos e segundo para não fazer uma proposta que daqui a pouco não conseguirá cumprirâ€, esclareceu o presidente durante entrevista à imprensa, no Salão Negro da ALMT.
Conforme Botelho, que também se reuniu com os deputados e membros do Sintep no inÃcio da tarde de hoje, é importante o empenho de todos para que à s aulas sejam retomadas. Ressaltou que a expectativa é muito grande para que os professores entendam o momento de crise econômica que assola todo o paÃs e encerrem a greve.
“Momento em que estamos tentando recuperar a economia, tentando fazer as engrenagens andar. Então, é importante que todos estejam trabalhando. Mas, por enquanto não tem nenhuma garantia. A princÃpio o governador está se mostrando muito angustiado. É a história do cheque sem fundo. Foi exatamente o termo que o governador usou: não vou dar um cheque sem fundos aos professores que é uma esperança que não vou ter como cumprir. Então, aguardamos que haja o bom senso para que entendam o momento muito difÃcil e voltem à s aulasâ€, afirmou o presidente, ao garantir que a Assembleia continuará nas discussões até chegar ao consenso que coloque fim à greve.
Para ele, o MPE pode participar das negociações, porém a questão econômica deixa claro que o problema é falta de recursos financeiros. Botelho também acredita que essa dificuldade econômica deverá perdurar no segundo semestre. “Ainda vai levar um tempo para o estado sair da crise financeira que está que é gastar mais do que arrecadaâ€, concluiu.