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Em 3 meses, mais de mil profissionais desistiram do Mais Médicos

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Em 3 meses, 1.052 médicos brasileiros selecionados para o Mais Médicos desistiram de seus cargos. O número equivale a 15% das vagas disponibilizadas pelo governo federal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O objetivo do programa é aumentar a oferta de médicos no interior do Brasil. Os profissionais selecionados atuam em unidades básicas de saúde de pequenos municípios e comunidades indígenas.

De acordo com a Folha de S. Paulo, 7.120 brasileiros ingressaram na seleção aberta pelo governo depois do fim da participação de Cuba no programa. Além desses, a previsão era que outros 1.397 médicos, todos brasileiros formados no exterior, iniciassem atividades até o fim da última semana. O balanço dessas adesões ainda não foi divulgado.

ENTENDA O CASO

O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou em 14 de novembro que o país não participará mais do programa lançado no governo de Dilma Rousseff (PT).

Segundo o órgão, a saída dos médicos do país foi decidida após declarações “ameaçadoras e depreciativas” feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). O presidente questionou por diversas vezes a capacidade dos médicos cubanos e propôs que eles fossem reavaliados pelo governo brasileiro.

Em contrapartida, Bolsonaro afirmou que dará asilo aos cubanos que pedirem para permanecer no Brasil. “Nós temos que dar asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando, como no governo passado. Quando eu for presidente, o cubano que quiser asilo aqui, vai ter“, disse.

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