Home Brasil Hoje crítico à medida, PT já cogitou criar taxação sobre desempregados

Hoje crítico à medida, PT já cogitou criar taxação sobre desempregados

4 min ler
0

A proposta do governo de taxar o benefício do seguro-desemprego para financiar o novo pacote do emprego já foi cogitada em governos petistas como uma forma de reforçar o caixa do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Anunciado na 2ª feira (11.nov.2019), o Programa Verde Amarelo institui desonerações e mudanças na lei trabalhista para estimular o emprego a jovens de 18 a 29 anos. A renúncia fiscal prevista com essas medidas é de R$ 10 bilhões e o governo pretende compensar essa despesa com uma taxação de 7,5% em cima do benefício social.

O Partido dos Trabalhadores criticou, por meio de 1 post no site da sigla, tanto o programa quanto a contribuição em cima do seguro-desemprego. Para o partido, o governo “não cansa de atacar os desempregados” e o pacote “só favorece os empresários e precariza ainda mais a situação dos trabalhadores”.

No entanto, a medida foi defendida durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum Nacional de Previdência Social, criado pelo petista em 2007. Dois anos depois, o mesmo tema constou de 1 documento que trazia conclusões sobre o sistema previdenciário e de seguridade social e foi divulgado pelo então Ministério da Previdência.

Citada como medida de consenso entre os integrantes do Fórum –que reunia nomes do governo, sindicatos e empresários–, a contribuição em cima do seguro-desemprego seria uma forma de fortalecer políticas de inclusão e de acesso à Previdência.

“Devem-se efetuar mudanças na legislação do seguro-desemprego, de sorte a permitir que o tempo de fruição desse benefício seja computado como tempo de contribuição, com mecanismo de contribuição a ser definido“, diz o documento.

MP 665
Já no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a possibilidade de taxação dos desempregados voltou à mesa, no contexto das mudanças que a então gestão proporia na concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. Por meio da Medida Provisória 665, de 2014, o governo dificultou o acesso a esses benefícios.

Durante discussão na Comissão Mista que analisou a matéria, o deputado Odorico Monteiro (CE), então congressista do PT e hoje filiado ao PSB, propôs essa contribuição por meio de uma emenda –posteriormente derrubada.

A emenda pretendia estabelecer uma taxação de 8% em cima do seguro-desemprego de trabalhadores rurais e o tempo de recebimento do benefício também contaria como tempo de contribuição ao INSS, assim como dita o Programa Verde Amarelo.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria do PT e com o deputado Odorico Monteiro, mas não obteve resposta.

Carregue mais postagens relacionados
Carregue mais por Porto Notícias
Carregue mais em Brasil
Comentários estão fechados.

Verifique também

Mulher procura pelo irmão João Ferreira Azevedo que segundo informações pode morar em Porto dos Gaúchos

Eva Ferreira Azevedo que mora em Cuiabá, entrou em contato com a redação pedindo ajuda par…