Um dos principais lideres do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), o professor da rede estadual Henrique Lopes do Nascimento fez um discurso inflamado aos servidores da categoria e os convocou para continuarem ‘infernizando’ o governador Mauro Mendes (DEM). De acordo com o servidor, novas greves serão realizadas caso o Governo volte a desrespeitar os professores.
Os servidores ficaram de greve por 75 dias em cobrança do pagamento da Revisão Geral Anual até a próxima data base, em maio de 2020, bem como, a recuperação das perdas salariais, desde maio de 2019. Os profissionais também cobram a realização de melhorias estruturais em unidades.
Em assembléia realizada nesta sexta-feira (9), os professores anunciaram o fim da greve e o retorno as salas de aula já na próxima semana, em função da proposta feita pelo Executivo, de estabelecer uma regra quanto ao pagamento de RGA, a partir de 2020.
Em seu discurso realizado durante a assembleia, Lopes, que já foi presidente do sindicato e hoje atua como secretário de Redes Municipais, ressaltou a força dos professores e garantiu que a luta para que o Governo cumpra com todos os direitos da classe irá prosseguir, nem que para isso outras greves aconteçam.
“A nossa marca é a marca da resistência e agora no dia de hoje, no apagar das luzes, o Governo que disse que a lei é impossÃvel, impraticável e ilegal, é obrigado a dobrar na frente dos trabalhadores da educação e dizer que reconhece sua validez nos mesmos termos que reconhece a Constituição do Estado e Federalâ€, disse em discurso.
“Nós vamos infernizar este Governo daqui para frente, porque se não nos respeitar, serão no mÃnimo mais quatro greves durante o Governo Mauro Mendesâ€, garantiu.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Lopes se candidatou para o cargo de deputado estadual na eleição do ano passado, mas com 18,3 mil votos, não foi eleito, mesmo conseguindo ter mais expressão nas urnas do que os deputados Wilson Santos (PSDB), Doutor Eugênio (PSB), Silvio Favero (PSL), Doutor Gimenez (PV), Paulo Araújo (PP) e João Batista (Pros).