Cuiabá teve um aumento significativo no número de mortes diárias e a média saiu de 1,7 óbitos/dia para 6,0 óbitos/dia. Além disso, a taxa de infecção em adolescentes e jovens (20 a 29 anos) foram as que mais cresceram desde 18/julho/2020 – 1.012% e 744% respectivamente, evidenciando aumento superior do risco de infecção nesses grupos etários. Os dados são do Informe Epidemiológico da Prefeitura de Cuiabá.
Desde o primeiro óbito por Covid-19 em residentes de Cuiabá (15 de abril de 2020) até 09 de janeiro de 2021, foram registradas 1.221 mortes resultando em taxa de letalidade de 2,9%.
Esse índice tem se mantido com pequenas variações desde a semana entre 30 de agosto a 05 de setembro, e permanece pouco mais elevada que a de Mato Grosso (2,5%)2 e que a do Brasil (2,5%).
A taxa de mortalidade, que mede o risco de morte na população cuiabana (195,7/100.000 habitantes) foi superior à taxa do estado (133,7) e mais que o dobro da taxa de mortalidade do país (96,4).
Do total de óbitos em residentes, 42 ocorreram entre 03 de dezembro e 09 de janeiro, com 6,0 óbitos/dia, resultado muito superior à semana anterior, que foi de 1,7 óbitos/dia.
Desde o início de dezembro o número de óbitos, que se encontrava em declínio desde outubro, aumentou consideravelmente. A média de óbitos das últimas quatro semanas foi de 28,5 óbitos/semana, enquanto nas quatro semanas anteriores, a média foi 9,0 óbitos/semana.
Embora o declínio de mortes tenha sido evidenciado por um longo período, o aumento registrado nas últimas semanas, além das oscilações frequentes, as altas taxas de mortalidade e de letalidade em residentes em Cuiabá indicam a necessidade de incrementar a assistência aos casos graves da doença e, especialmente, o diagnóstico precoce e a qualidade do atendimento prestado, visando a diminuição mais acentuadas dos óbitos na capital
Entre os 1.221 óbitos, 55,7% eram do sexo masculino, resultando em letalidade de 3,5% para sexo masculino e 2,3% para sexo feminino. A idade média foi de 65,7 anos e mediana de 67 anos, sendo 69,2% idosos e entre eles 37,8% tinham entre 60 a 69 anos.