Membros da força-tarefa da operação “lava jato” encaminharam à Justiça Federal de Curitiba um pedido de progressão de pena para o ex-presidente Lula. Segundo os procuradores, “o cumprimento da pena privativa de liberdade tem como pressuposto a sua execução de forma progressiva”.
Assinaram o pedido do Ministério Público Federal os 15 procuradores da força-tarefa do consórcio, entre eles Deltan Dallagnol, Roberto Pozzobon e Laura Tessler.  O texto afirma, entre outras coisas, que Lula tem bom comportamento e que reúne as condições para progressão do regime.
O pedido se refere ao caso do trÃplex do Guarujá, em que o petista foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em 2ª instância.
Lula também foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão no caso envolvendo o sÃtio de Atibaia (SP). Atualmente o caso se encontra na no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
O ex-presidente também é acusado pelo MPF de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht por meio da compra de um terreno em São Paulo. O espaço seria usado para a construção de uma nova sede do Instituto Lula. O caso se encontra na fase de alegações finais na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Os procuradores solicitam que o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, seja comunicado do pedido no âmbito do Habeas Corpus que trata da suspeição do então Sergio Moro nos processos relacionados ao ex-presidente.
Em nota, o advogado Cristiano Zanin comenta o pedido dos procuradores. “O ex-presidente Lula deve ter sua liberdade plena restabelecida porque não praticou qualquer crime e foi condenado por meio de um processo ilegÃtimo e corrompido por flagrantes nulidades. Sem prejuÃzo disso, conversaremos novamente com Lula na próxima segunda-feira sobre o direito em questão para que ele tome a sua decisão sobre o assunto.”