Em audiência no Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confessou que se a Reforma da Previdência não tiver apoio do Planalto e do Congresso Nacional, não há porque continuar no cargo. “Se o presidente apoiar as coisas que eu acho que podem resolver para o Brasil, eu estarei aqui. Se, ou o presidente, ou a Câmara, ou ninguém me quer aqui, eu vou obstaculizar o trabalho de senhores? De forma alguma, voltarei para onde sempre estiveâ€, disse.
“Eu tenho uma vida fora daqui. Agora, eu venho para ajudar, acho que tenho algumas ideias interessantes. Se o presidente não quer, o Congresso não quer… Vocês acham que eu vou brigar para ficar aqui?â€, indagou retoricamente. “Estou aqui para servi-los. Se ninguém quiser o serviço, vai ser um prazer ter tentado, mas não tenho apego ao cargoâ€, acrescentou.
Apesar de dizer que não tem esse desejo de ficar a qualquer custo, Guedes também afirmou que não vai sair por qualquer motivo, porque seria inconsistente deixar o cargo na primeira derrota. O ministro explicitou, ainda, que acredita que a democracia é virtuosa, e que o presidente apoia o programa e o Congresso vai realizar as suas funções.
“Se os poderes apontam que a União deve R$ 800 bi, e que não tem reforma previdenciária… Vou fazer o que aqui?â€, reforçou. A pergunta que desencadeou esse posicionamento do ministro foi feita pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA).