O líder da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal, deputado Neri Geller (Progressistas), encara nesta quinta-feira (23) o plenário do Tribunal Regional de Mato Grosso (TRE) que vai decidir se cassa ou não o mandato do parlamentar por conta de irregularidades nas eleições de 2018. Nas investigações, sigilos bancários foram quebrados do deputado e de um dos seus filhos.
O MPF quer a cassação do mandado porque o parlamentar teria cometido abuso de poder econômico ao patrocinar a campanha de 11 candidatos a deputados estaduais. Desses, 4 foram eleitos deputados estaduais. Das 11 doações feitas por Neri, para 3 candidatos foram os maiores valores recebidos, em média R$ 180 mil, segundo o MPF.
Segundo o MPF, as doações feitas por Neri somaram a quantia de R$ 1,327 milhão. Sendo o valor maior que o percentual liberado pela lei para doação, com isso, Neri teria praticado abuso de poder econômico, mesmo crime que levou a condenação da ex-senadora Selma Arruda (Podemos).
Quem também entrou na ação como terceiro interessado foi o partido Pros com a suplente Gisela Simona (Pros), primeira suplente na Câmara Federal.
Outro lado
Em sua defesa no processo, Neri disse que o MPF não apresentou provas robustas de que ele tivesse cometido crime eleitoral e pede o arquivamento da ação.