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Reino Unido é o primeiro país a aprovar vacina da Pfizer e pode iniciar imunização na próxima semana

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O Reino Unido aprovou a vacina da Pfizer e BioNTech contra a Covid-19 e se tornou o primeiro país ocidental a liberar uma vacina, à frente das decisões dos Estados Unidos e da União Europeia.

A autorização emergencial abre caminho para a distribuição da vacina que a Pfizer e sua parceira alemã disseram ser 95% eficaz na prevenção da doença. A vacina estará disponível no Reino Unido a partir da próxima semana.

“Este será um dos maiores projetos civis da história”, disse o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, em entrevista a uma rádio, com 50 hospitais sendo preparados para administrar a vacina e 800 mil doses prontas para serem enviadas da Bélgica.

O Reino Unido havia sinalizado que seria rápido na aprovação de uma vacina, e médicos de todo o país foram colocados de prontidão para uma possível vacinação. Para o governo, é uma oportunidade de compensar os erros de estratégia do primeiro-ministro Boris Johnson durante a pandemia, já que o número de mortos no Reino Unido se aproxima de 60 mil.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) disse na quarta-feira que a vacina “atendeu aos seus rígidos padrões de segurança, qualidade e eficácia”. A Pfizer, juntamente com a Moderna, a Universidade de Oxford e sua parceira AstraZeneca aceleraram o desenvolvimento tentativa de entregar vacinas contra o coronavírus em tempo recorde.

Pedido na UE

No início da semana, Pfizer e BioNTech pediram autorização regulatória para sua vacina na União Europeia, o que possibilitaria a aprovação pelo bloco antes do final do ano. Nos Estados Unidos, um painel da reguladora FDA deve se reunir em 10 de dezembro para discutir a vacina.

A China deu autorização para suas três vacinas líderes na corrida para uso emergencial. A Rússia liberou a vacina Sputnik V em agosto, enquanto uma segunda foi aprovada em outubro, embora o último estágio dos testes para estabelecer a segurança e eficácia ainda esteja em andamento.

No final de novembro, o governo britânico acionou uma regra especial para permitir que a agência reguladora de medicamentos se adiantasse à UE enquanto o país se prepara para o período de transição do Brexit, que termina no fim do ano.

O Reino Unido ainda precisa de outras vacinas para alcançar a linha de chegada a fim de imunizar um número suficiente de pessoas para acabar com a pandemia. O país encomendou doses suficientes da vacina dupla da Pfizer-BioNTech para inocular 20 milhões de pessoas, menos de um terço da população. Embora as empresas tenham afirmado que podem produzir 1,3 bilhão de doses no próximo ano, grande parte desse fornecimento já foi negociado para enviar centenas de milhões de doses para a Europa, Estados Unidos, Japão e outros países.

A aprovação também marca a primeira vez que uma vacina baseada em RNA mensageiro chega ao mercado. A nova tecnologia essencialmente transforma as células em minúsculas máquinas de fabricar vacinas, instruindo as células a fazer cópias da proteína spike do coronavírus, o que estimula a produção de anticorpos.

A injeção da Pfizer-BioNTech se adiantou na corrida após atrasos nos testes da vacina da AstraZeneca-Oxford, que também mostrou sinais promissores em resultados preliminares de estudos amplos.

Os parceiros do Reino Unido enfrentaram questionamentos após reconhecer que um nível de dosagem inferior, que se mostrou mais eficaz, resultou de uma discrepância de fabricação.

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