Secretária de Educação desde abril de 2018, Marioneide Angélica Kliemaschewsk quer garantir no governo Mauro Mendes (DEM) que a educação pública em Mato Grosso alcance nÃveis de excelência. O desafio reside no fato que a pasta mantém uma dÃvida de R$ 212 milhões com fornecedores, valor que a secretária quer pagar dentro de um ano.
Para isso, Marioneide explica que será essencial a reestruturação dentro da pasta que reduzirá a estrutura organizacional além de extinguir programas que não estão dando resultados.
Com a proposta, que passou na última semana, em conjunto com os decretos de estado de calamidade financeira do Executivo, serão extintos 1.829 cargos comissionados, tanto na sede da Seduc, quando nas escolas. A redução proporcionará uma economia de recursos em torno de R$ 89 milhões por ano.
Entre 2013 e 2017 a divida da Seduc com fornecedores chegou a R$ 574 milhões. “Conseguimos reduzir R$ 362 milhões e hoje restam ainda R$ 212 milhões. São dÃvidas com obras, materiais imobiliários, equipamentos e serviços. Não se trata de um problema do governo Mauro ou Pedro, analisamos que se arrasta desde 2008â€, aponta.
“Não se trata de um problema do governo Mauro ou Pedro, analisamos que se arrasta desde 2008â€
Quando ao fato de ter sido escolhida pelo governador Mauro para permanecer na secretaria de Educação, Marioneide afirma que isso facilita o trabalho de continuidade. “Sou secretária desde 5 de abril de 2018. De lá para cá estamos fazendo todo um estudo para reduzir o gasto de custos operacionais, reduzindo carros, custo com energia elétrica e eliminando despesas que já poderiam ser eliminadasâ€.
A secretária aponta que apesar da experiência, ainda existe o desafio de garantir maior liquidez do Estado, garantindo dessa forma que o Executivo tenha condições de pagar os servidores em dia, assim como aos fornecedores. Esse perspectiva se une ao desafio de garantir maior eficiência e qualidade no gasto com a Educação, situação que vem sendo criticada abertamente pelo vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), para quem o gasto médio de R$ 7,5 mil por estudante em 2018, foi desproporcional com a qualidade obtida.
Neste sentido, Marioneide considera que a gestão da Seduc tem se baseado sobre os princÃpios da administração pública, entre os quais a eficiência, efetividade e eficácia. E que a reestruturação da pasta neste ano garantirá que os valores gastos na Educação resultem em melhores indicadores, como o de proficiência em LÃngua Portugues e Matemática, áreas de conhecimento consideradas pela secretária como estratégicas para um melhor perfil dos ensino.
Formada em Pedagogia, Administração de Empresas e Economia, Marioneide foi secretaria de educação em Cuiabá, por dois anos da gestão Mauro Mendes. Este ano administrará uma receita na Educação de R$ 3,4 bilhões, conforme projeto de LOA que tramita na Assembleia, 16% a mais que em 2018, quando foram R$ 2,9 bilhões.