Gilberto Figueiredo (Saúde) criticou a falta de pulso de parte dos prefeitos em adotar medidas preventivas ao novo coronavírus. “Alguns gestores estão melindrosos em adotar medidas restritivas mais severas para evitar embates com a população e empresários por ser um ano eleitoral”, observou
Essas atitudes, segundo avalia Figueiredo, colaboram para o aumento de disseminação do vírus já que as pessoas ficam mais relaxadas em cumprir o isolamento.
De acordo com Figueiredo, em alguns municípios estão sendo implementadas medidas restritivas com mais eficiência, enquanto em outros, os gestores estão enxergando isso naturalmente e não estão adotando as medidas necessárias.
“Parece-me que, sendo um ano político, que tem eleições municipais, os gestores políticos estão encontrando dificuldades em tomar decisões à luz das recomendações sanitárias, à luz dos pleitos realizados no mundo econômico”.
“Eu sei que não tem decisão fácil na pandemia e o número de casos vai estar ligado a capacidade que nós tivermos gradativamente controlando esse fluxo”, acrescentou Figueiredo.
Gilberto Figueiredo destacou ainda que existe uma previsão do Ministério da Saúde (MS) de crescimento na contaminação pela covid-19 em todo o Estado. “O próprio ministro interino disse que o Centro-Oeste deve ter um crescimento substancial de casos daqui pra frente, principalmente com a chegada do inverno”, esclareceu.
Ao criticar a falta de bom senso de algumas pessoas que ignoram a gravidade do momento pandêmico que o Estado e o Brasil vivem, Figueiredo alertou ainda que Mato Grosso vivencia apenas o começo da pandemia.
“A pandemia em Mato Grosso está apenas no início. Nós vamos ter números muito maiores diários no que vem pela frente. Portanto, estamos no início da pandemia. Acredito que ela vai se arrastar por vários meses. Vamos ter dias mais difíceis do que temos hoje”, alertou.
