Selma Arruda, que não apareceu na sessão no dia seguinte à cassação do mandato pelo TSE, se movimentou forte nos bastidores em BrasÃlia, toda esperançosa no trabalho de emissários para tentar “convencer” ministros a mantê-la na cadeira de senadora.
A primeira estratégia foi deixar o PSL de Bolsonaro para se abrigar no Podemos. O senador Ãlvaro Dias, que a levou para o partido, se comprometeu a defendê-la junto a pelo menos dois ministros do TSE, além de recorrer ao amigo paranaense Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, com o mesmo objetivo.
E essa articulação fora feita. Mas de nada adiantou.
Ministros do TSE se depararam com provas consistentes nos autos de prática de caixa 2 e de abuso de poder econômico tanto na pré quanto na campanha da senadora. E, no Pleno, o recurso foi negado por 6 a 1, mantendo a cassação decidida pelo TRE-MT deste abril.
O próprio ministro Luis Roberto Barroso, vice-presidente do TSE, admitiu que tanto ele quanto outros colegas da Corte, receberam manifestação que exaltaram as virtudes pessoais da juÃza aposentada, com ênfase a sua integridade e coragem. Mas ressaltou que ali não estava em discussão o currÃculo e nem atuação pretérita de Selma enquanto juÃza, mas sim uma questão eleitoral.
Por Romilson Dourado/RD News