Há quatro meses sem chuvas e sem previsão de precipitações regulares, produtores rurais de Mato Grosso optam pela irrigação para começar o plantio de soja. O perÃodo da safra de soja teve inÃcio no último domingo (15), porém, os agricultores que não dispõem de pivôs aguardam as chuvas para começar o plantio.
A preocupação do presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Tiago Stefanello Nogueira, é de que o atraso no plantio possa prejudicar a safra de milho, cultivada logo após a soja.
“Os preços estão interessantes, mas precisamos de chuva para não comprometer a segunda safra”, comentou ele.
O agricultor Lucas Costa Beber há algumas vantagens para quem já começou o plantio com irrigação.
“A soja vendida em janeiro tem melhor preço, além de reduzir a chances da incidência de pragas como mosca-branca e ferrugem asiática”, afirmou.
Em uma propriedade de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, cerca de 420 hectares estão sendo cultivados com soja irrigada. O restante da área, onde não há pivôs, o plantio só deve começar no mês que vem.
Entretanto, a soja irrigada aumenta o custo de produção, porque o uso de pivô eleve o consumo do energia elétrica.
Um produtor de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, estima que deve gastar R$ 475 por hectares na safra de soja. O mesmo que ele gastou para produzir feijão, no semestre passado.
Os produtores avaliam que Mato Grosso tenham um dos maiores custos por hectare, no paÃs, para produção de soja. A estimativa é que sejam gastos R$ 3,1 mil por hectare. Isso considerando os investimentos em semente, abudos, defensivos, transporte e mão-de-obra.
Nas regiões Leste e Araguaia, o plantio da soja deve começar no próximo mês.