Os serviços sociais nos municÃpios de Mato Grosso correm o risco de parar por falta de recursos. É o que aponta um levantamento do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas- MT), que revelou um débito do Governo Federal com as secretarias municipais de Assistência Social mais de R$ 30 milhões. O montante é referente aos repasses para serviços, IGD (Ãndice de Gestão Descentralizada) do Bolsa FamÃlia e do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
O assunto foi debatido na quarta-feira (25) em reunião entre o presidente da Associação Mato-grossense dos MunicÃpios, Neurilan Fraga, a presidente do Coegemas-MT, Márcia Rotili, a presidente da Associação para Desenvolvimento Social dos MunicÃpios de MT, Tayane Andrade, e o prefeito de Santo Antônio de Leverger, Valdir Filho.
Na ocasião, Fraga disse à s gestoras que está mobilizando a bancada federal para uma agenda com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para tratar da liberação dos recursos. “Precisamos sensibilizar os deputados federais e senadores mato-grossenses sobre a gravidade dessa situação, para juntos, tentarmos uma audiência com o ministro Osmar Terraâ€, disse.
Neurilan ressaltou que, se os municÃpios precisarem suspender os serviços, a população mais vulnerável é que será prejudicada.
Conforme explicou a presidente do Coegemas, o levantamento revelou débitos do Governo Federal com a Assistência Social dos municÃpios desde 2017. “Além disso, acabamos de participar de uma reunião da Comissão Intergestores Tripartite, onde nos foi repassada a informação de que o orçamento do Governo Federal para a Assistência Social encerra este mês. Não temos previsão de orçamento para outubro, novembro e dezembro. Isso é muito graveâ€, contou.
A presidente da APDM afirmou que os municÃpios estão encontrando dificuldades para manter em funcionamento os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), abrigos e centros de convivência para a terceira idade. “Hoje os municÃpios pedem socorro. Recebemos diariamente ligações de gestores municipais que não sabem mais como manter os serviços e se preocupam com possÃveis penalidades, caso haja suspensão por falta de recursosâ€, acrescentou Tayane.