O presidente do Sindicado dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, divulgou nota em que a categoria se manifesta contrária ao anúncio feito pelo governo do estado, sobre o retorno normal das aulas em 18 de outubro.
“Recebemos com perplexidade o anúncio do retorno das atividades presenciais, com 100% de estudantes, por parte do Governo do Estado de Mato Grosso, e revogação quase que total das medidas de biossegurança. O que é um erro. Ainda não superamos a pandemia para encarar com normalidade as mortes e contaminações que estão ocorrendo.
Não nos causa muita estranheza, tais medidas, porque o que não faltou do Governo do Estado de Mato Grosso foi negligência durante a pandemia com medidas que não evitaram a proliferação da COVID-19 e mortes” destacou o representante sindical em nota divulgada.
Em nota emitida na quinta-feira dia 07 de outubro, ele diz ainda que a aprendizagem se recupera, vidas perdidas não.
O governo do estado, através do secretário Alan Porto, anunciou o retorno presencial foi anunciado após 63 dias de aulas no sistema híbrido, que começou no dia 3 de agosto. De acordo com Porto, a queda no número de casos de covid, a redução das taxas de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e o avanço da imunização foram a base da decisão.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), apenas 268 profissionais da Educação do Estado de Mato Grosso não se vacinaram contra a covid-19 até o momento.
Todos os alunos serão obrigados a frequentar as aulas de forma presencial, com exceção dos que possuem comorbidades. Rede estadual de Educação conta com 27 mil profissionais e 393 mil alunos distribuídos em 727 unidades escolares.
“O estado de Mato Grosso, por meio do Governador Mauro Mendes, não está preocupado com as vidas do povo matogrossense. Está mais preocupado em taxar o sol; confiscar aposentadorias; dar calote na RGA dos servidores públicos; não pagar as parcelas da LC 510/2013; tratar com normalidade as pessoas que estão passando fome e na fila dos ossinhos; cobranças absurdas e abusivas de impostos; sua reeleição para governador; atacar e perseguir todos que se levantam contra as arbitrariedades do governo do que com cada vida que se perde diariamente para a covid-19”, finaliza a nota do Sintep.
Porto Noticias