Desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Pedro Sakamoto concedeu mais 10 dias para que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal forneçam dados bancários do deputado federal Neri Geller (PP), acusado de abuso de poder econômico por meio de arrecadação e gastos de campanha não contabilizados.
A prorrogação dada por Sakamoto foi deferida no final de fevereiro. Os bancos solicitavam mais 30 dias de prazo para liberar as informações ao Ministério Público Eleitoral (MPE). No entanto, o magistrado deferiu parcialmente o pedido.
“Defiro parcialmente os pedidos formulados, a fim de conceder mais 10 (dez) dias, a contar do recebimento da respectiva comunicação, para que sejam fornecidos os respectivos dados bancários”, diz trecho do despacho.
Os dados bancários do parlamentar serão analisados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), relativas ao perÃodo entre 20 de julho a 7 de outubro de 2018.
A Receita Federal também deverá fornecer um dossiê integrado da situação fiscal do investigado e, especialmente, prestar informações sobre os rendimentos brutos declarados por ele em 2017.
A denúncia aponta que Neri Geller teria feito uma doação de R$ 942 mil para outros candidatos, o que indicaria uma “verdadeira manobra realizada com o intuito de evitar a extrapolação do limite de gastos de sua contabilidade eleitoralâ€.
Para contribuir na apuração do caso, além das medidas já citadas, também será utilizado o Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba) na análise das informações que forem obtidas com a quebra do sigilo bancário de Geller.
Neri Geller é lÃder bancada federal de Mato Grosso no Congresso Nacional e foi eleito com obteve 73.072 votos em 2018.