Em entrevista concedida ao canal americano CBS, que foi ao ar no domingo, 3, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que enviar suas tropas militares à  Venezuela “é uma opção†e ainda declinou o pedido de Nicolás Maduro para um encontro.
Quando questionado sobre a possibilidade de intervenção militar no paÃs sul-americano, o presidente respondeu que “certamente, é algo que está no horizonte, é uma opçãoâ€. Trump também explicou o motivo de ter recusado a reunião diplomática com Maduro meses atrás. “Eu declinei porque já estamos muito avançados no processoâ€, disse.
O “processo†de que fala Trump é a deposição de Maduro da presidência da Venezuela, diante de uma onda de protestos populares e da ascensão do opositor Juan Guaidó, que se auto-proclamou presidente interino durante a crise. As próximas eleições legislativas estão programadas para o final de 2020.
Desde o inÃcio das mobilizações, no dia 21 de janeiro, dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Caracas para exigir a partida de Nicolás Maduro, enquanto outra parte da população celebrava o 20º aniversário da revolução bolivariana e reafirmava o apoio ao lÃder socialista. Cerca de quarenta pessoas já morreram em confrontos e mais de 850 foram presas, segundo a ONU.
O chefe de Estado venezuelano voltou a propor eleições legislativas antecipadas em resposta à pressão da oposição e dos ocidentais, enquanto expira neste domingo, 3, o ultimato dado por seis paÃses da União Europeia para convocar uma eleição presidencial.
Alemanha, Espanha, França, Holanda, Portugal e Reino Unido deram a Maduro oito dias para convocar uma nova eleição presidencial, caso contrário, prometeram reconhecer Guaidó como presidente interino. Apoiado pela Rússia, China, Coreia do Norte, Turquia e Cuba, Maduro, de 56 anos, rejeitou o ultimato europeu e acusou os Estados Unidos de orquestrarem um golpe de Estado.
(Com agências Reuters e France-Presse)