O prédio da Embaixada do Brasil em Berlim amanheceu na sexta-feira (1) com os vidros pichados de vermelho e 13 vidraças quebradas. Foi o segundo ataque desde que o novo presidente Jair Bolsonaro tomou posse, em 1 de janeiro deste ano.
O ataque aconteceu por volta das duas horas da madrugada. Segundo uma fonte revelou à RFI, dois seguranças de uma firma terceirizada responsáveis pela vigilância noturna teriam visto o grupo – que não chegaria a ter dez pessoas – se aproximando. Mas preferiram chamar a polÃcia, ao invés de partir para o confronto. Os vigilantes trabalham desarmados.
Os vidros da fachada do prédio, pichados com tinta vermelha, chamavam a atenção de quem chegava pela manhã para ser atendido pelo setor consular, que continuou aberto. Segundo a RFI apurou, no interior do prédio, o novo embaixador, Roberto Jaguaribe – que chegou a Berlim no inÃcio desta semana –, fez uma reunião de emergência com o corpo diplomático para discutir como reagir ao ataque.
A nota oficial divulgada no final desta manhã adotou um tom moderado. Dizia apenas que “a Embaixada foi alvo de ato de vandalismo†e “as autoridades policiais foram imediatamente contatadas e estão investigando o ocorridoâ€. A polÃcia alemã vai fazer a partir de hoje uma ronda a cada hora ao redor do prédio.
Segundo ataque em janeiro
Evandro Zago, novo chefe do setor de Imprensa da Embaixada, disse à RFI que os vÃdeos registrados pelas câmeras de segurança já foram entregues à polÃcia. Ao todo, 13 vidraças do setor térreo – que dão para um jardim público – foram quebradas.
Do lado de fora, haveria cinco câmeras de segurança, e no interior do prédio, mais três. No primeiro ataque, em 5 de janeiro deste ano, vÃdeos também chegaram a ser entregues para a polÃcia. Na ocasião, a embaixada foi pichada com as frases: “Lutaremos contra o fascismo no Brasilâ€. Até o momento, a embaixada não recebeu qualquer resultado oficial das investigações.