Indicadores divulgados, nesta terça-feira (14), por países em três continentes diferentes podem ser considerados avanços no controle da pandemia de covid-19, que já deixou quase 2 milhões de pessoas doentes no mundo todo.
Na China, pela terceira vez desde o registro da primeira morte por covid-19 no país, as autoridades sanitárias garantiram que não houve óbitos pela doença. O mesmo já havia acontecido há uma semana e no último sábado. O país segue preocupado com uma alta nos chamados “casos importados”. Foram registrados 86 nas últimas 24 horas.
Já na Espanha, a taxa de novas infecções pelo novo coronavírus continuou sua tendência de queda dos últimos dias e subiu 1,7% nas últimas 24 horas, o menor número registrado até o momento desde o início da pandemia. Os novos casos diários foram de 3.045, elevando o número total de 172.541 infecções.
O governo espanhol avaliou a notícia como “em princípio, boa”. A Espanha saiu ontem da fase de quarentena total no país para uma etapa de quarentena leve, com a permissão de retomada de atividades na construção civil e na indústria.
A África do Sul, por sua vez, registrou uma queda abrupta no número de casos registrados, o que vem sendo avaliado como inexplicável pelos especialistas. “É meio estranho, misterioso. Ninguém sabe ao certo o que está acontecendo”, disse Evan Shoul, especialista em doenças infecciosas de Johanesburgo à agência de notícias BBC.
A África do Sul tinha, até 13 de abril, 2.173 casos diagnosticados de covid-19 e 25 mortes. É o país mais afetado do continente africano até agora. Pensando nisso, o sistema de saúde se preparou para receber um grande número de doentes a partir desta semana, mas os hospitais ainda estão tranquilos.
Portugal
Portugal já contabilizou 567 mortes em decorrência da covid-19, 35 a mais que o registrado na última segunda-feira (13). Um terço das mortes foi registrada entre idosos que estavam em asilos do país.
O secretário de Estado de Saúde de Portugal, António Sales, disse hoje que o número de contágios aumentou 3% nas últimas 24 horas, para 17.448 registros do novo coronavírus.
Mesmo assim, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse hoje mais cedo que, quando o país – em estado de emergência devido ao novo coronavírus – retomar a atividade, deverá ser gradual e progressiva, e possivelmente por idades, para proteger os mais vulneráveis.
“Quando começarmos a retirar as medidas, o vírus ainda não terá desaparecido, por isso será sempre gradual e progressiva, pois quando começarmos a retirar as medidas, o nível de contágio aumentará novamente”, disse Costa, em entrevista à “Rádio Observador”, de Portugal.
Irã
Apesar do excessivo número de mortes, o Irã viu um alento com as estatísticas desta terça-feira. O Ministério da Saúde do país informou hoje que o país registrou 98 mortes a mais por Covid-19, o que eleva o total de óbitos para 4.683.
Porém, desde o dia 14 de março, quando foi anunciado o incremento de 97 óbitos à lista, o país não tinha dados inferiores a 100 na contabilização.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Yahanpur, apontou que o número de novos casos foi de 1.574, elevando o total para 74.877. De acordo com o integrante do governo, está sendo mantida a tendência decrescente de novos contágios.
Argentina
Já a Argentina superou hoje as 100 mortes pelo novo coronavírus, adicionando três novas vítimas e totalizando 101 óbitos. Além disso, são 2.277 os casos positivos desde a chegada da pandemia ao país.
O subsecretário de Estratégias de Saúde, Alejandro Costa, disse que a taxa de mortalidade por casos de Covid-19 na Argentina é de 4,4%, com idade média de 70 anos e mortalidade geral de 2,2% por milhão de habitantes.
Até o momento, a Argentina confirmou 2.277 casos de coronavírus em 21 províncias, mas pouco mais da metade deles estão concentrados na capital e na província de Buenos Aires.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizava 22.169 casos confirmados de coronavírus e 1.223 mortes até o boletim divulgado nesta segunda-feira (13).