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Média de mortes por Covid-19 em MT é de 31 por dia

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A rede pública e a rede privada de saúde em Mato Grosso trabalham com capacidade máxima de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Mesmo com decisões da Justiça, os pacientes não conseguem encontrar leitos disponíveis, justamente em um momento em que o ritmo de mortes também cresceu.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), o número de mortes por Covid-19 dobrou nos primeiros cinco dias de julho, se comparado com a média diária de vítimas registradas em junho. O estado passou de 15 para 31 mortes por dia.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) informou que vai liberar mais de 100 vagas de UTI e que está conversando com as prefeituras para reforçar os atendimentos básicos e secundários.

A Rosileia era técnica de enfermagem no Hospital Público de Colíder, no norte de Mato Grosso. Ela trabalhava na linha de frente e foi infectada pelo novo coronavírus.

A profissional ficou em estado grave e morreu sem conseguir uma vaga na UTI. A filha, Kézia Marques dos Santos, contou que o hospital não tinha médico para tratar os pacientes com Covid-19.

“A gente não tinha médico para ala do Covid-19. Então a minha mãe ficou desamparada dentro da unidade”, afirmou.

Para os médicos, a sobrecarga nas UTIs mostra que além da doença estar descontrolada em Mato Grosso, também não vem sendo tratada da forma correta. A pessoa já chega no sistema de saúde em estado grave e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) não têm os equipamentos suficientes para estabilizar o paciente que acaba morrendo.

A médica infectologista, Márcia Hueb, disse que o aumento de mortes é sinal de falta de assistência médica.

“Apesar da velocidade do aumento de casos ser muito grande, a velocidade do aumento dos óbitos é maior ainda, e isso é um sinal de que a assistência médica necessária não está alcançando os pacientes que precisam. Aqueles que estão esperando na fila para um leito de UTI, mesmo um leito clínico, eles morrem muitas vezes pela doença sim, mas pela falta de assistência, mais do que pela própria doença”, explicou.

Luciana, de 76 anos, ficou internada em uma UPA de Cuiabá. A família conseguiu uma liminar na justiça para a transferência para uma UTI porque o local não tinha condições para atende-la, mas ela acabou morrendo no sábado (4). O filho dela, Mário Lúcio da Cunha disse que há falta de equipamentos nos hospitais.

“Eles estão trabalhando aqui em situação precária, não tem respiradores, não tem nada, não tem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Está difícil. O pessoal que está na linha de frente não tem nada”, contou.

Sobre os casos da Luciana e da técnica de enfermagem Rosileia, a SES-MT informou que as pacientes tiveram toda a assistência necessária, mas reconheceu a falta de médicos e afirmou que esse é um problema em todo país e disse que está contratando novas equipes.

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