O ex-governador Silval Barbosa apresentou lista de três imóveis que pretende dar em troca dos R$ 23,4 milhões em dinheiro que deveria pagar em seu acordo de delação premiada.
Entre as áreas há um imóvel no Parque Ohara, em Cuiabá, avaliado em R$ 2,7 milhões. Também constam um lote no Bairro Jardim das Palmeiras, na Capital, avaliado em R$ 677 mil, e uma fazenda em Sinop (a 500 km ao Norte de Cuiabá), com valor estimado em R$ 18,7 milhões.
A apresentação dos imóveis atende uma decisão do ministro Dias Toffoli, que irá avaliar se aceita ou não a mudança na forma de pagamento.
No total, Silval se comprometeu a devolver pouco mais de R$ 70 milhões aos cofres de Mato Grosso.
Desse valor, R$ 46,8 milhões foram quitados por meio de dação de imóveis. O valor restante, de R$ 23,4 milhões, deveria ser pago em dinheiro, por meio de cinco parcelas de R$ 4,6 milhões, a partir de março de 2018 até 2022. Até o momento, nenhuma delas foi paga.
No total, os imóveis apresentados pelo ex-governador perfazem o montante de R$ 22,1 milhões.
Dessa forma, restaria a diferença de R$ 1,3 milhão para a quitação integral do acordo.
Silval se comprometeu a devolver esse valor em dinheiro.
“Diante do exposto, o Colaborador se mantém a completa disposição das autoridades públicas para prestar quaisquer esclarecimentos acerca de seu acordo de colaboração premiada, bem como requer a imediata alienação dos bens descritos acima, para que possa após efetuar o restante do pagamento com a finalidade de dar quitação integral do acordo”, diz trecho do documento.
A delação
Na delação premiada, Silval detalhou diversos crimes ocorridos na sua gestão e de seu antecessor, Blairo Maggi, entre eles o pagamento de ‘”mensalinho” para deputados estaduais.
Silval já foi condenado a mais de 25 anos de prisão por organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro.
Ele ficou menos de quatro anos preso em regime fechado e domiciliar e foi para o semiaberto em maio do ano passado