Membro da Comissão de Infraestrutura do Senado, o senador Carlos Fávaro (PSD) está articulando a convocação do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas para cobrar explicações sobre o que classifica de “inércia do Governo Federal” quanto às obras estruturantes prometidas para Mato Grosso. O social-democrata cobra respeito como Estado que bate recordes todos os anos na produção agrícola e ajudou a eleger o presidente da República Jair Bolsonaro com 66,42% dos votos válidos.
Além do ministro Tarcísio de Freitas, Fávaro pretende fazer outras duas convocações para tratar do assunto. A lista inclui o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que fiscaliza a execução de obras federais em Mato Grosso e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Davi Barreto.
“Mais uma vez a história se repete. A euforia das ruas vem para dentro da administração pública. Não percebem que a eleição acabou e querem continuar fazendo palanque eleitoral sem se dedicar aos projetos para viabilizar as obras que foram prometidas. Mais uma vez isso acontece, infelizmente”, lamentou Fávaro.
As obras que Fávaro exige a execução por parte do Ministério da Infraestrutura são as rodovias BR-242, BR-174, BR-158 e as ferrovias Ferronorte e Fico. Além disso, exige a revisão da concessão da BR-163.
“O ministro Tarcísio conhece a realidade de Mato Grosso como a palma da mão dele. Ele sabe do sofrimento de quem vive ao redor da BR-242 e espera o asfalto e nada acontece. Também já entendeu que a BR-174 vai trazer desenvolvimento para toda uma região e que se não pode passar na terra indígena, pode fazer o contorno. Se não tem licenciamento ambiental, cabe ao Governo Federal resolver o problema. E a BR-158 que vai trazer competitividade e dignidade ao povo do Araguaia nunca esteve tão abandonada nos últimos 25 anos. As ferrovias que vão trazer desenvolvimento estão prontas para sair do papel e nada acontece”, completa o senador.
Além disso, o senador lembra que a concessão da BR-163 para a Rota do Oeste precisa ser revista com urgência. Segundo ele, a empresa constituída com “ativos da corrupção da Odebrecht” arrecada altas somas cobrando pedágios e oferece serviços de péssima qualidade.
Como exemplo de eficiência, Fávaro usa o Governo de Mato Grosso. Lembra que há dois anos, o Estado estava inviabilizado e hoje assina ordem de serviço para obras em 62 municípios com investimentos na ordem de R$ 620 milhões.
“O governador Mauro Mendes foi vaiado, tomou as medidas impopulares e quando estava há dois anos completamente inviabilizado, consegue lançar um grande pacote de obras. O Governo Federal teve a mesma oportunidade e não vejo nenhuma grande obra estruturante acontecer nesse Estado. Mato Grosso quer respeito. Já se passaram dois anos do inicio do mandato do presidente Bolsonaro. É hora de descer do palanque e começar a fazer obras”, concluiu Fávaro.