Nesta segunda-feira, 07 de novembro, a maioria dos comércios da cidade de Porto dos Gaúchos não abriram as portas, em adesão ao protesto dos Bolsonaristas, que não aceitam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e contestam a eleição de Lula (PT) ao Palácio do Planalto no último dia 30 de outubro.
Toda a movimentação em adesão ao protesto e fechamento dos comércios, foi feito por grupos de WhatsApp.
A expectativa é de que somem força ao ato marcado para as17:50h deste mesmo dia em frente ao pavilhão das bandeiras, próximo ao trevo de entrada da cidade.
Desde a eleição no dia 30 de outubro quando as urnas consagraram o candidato Luiz Inácio Lula da Silva eleito pela maioria dos eleitores brasileiros democraticamente, os protestos de bolsonaristas tem tomado as ruas do Brasil, inconformados com a derrota do atual presidente Jair Messias Bolsonaro, que sempre levou multidões as ruas durante os quase 04 anos de governo, mas que não conseguiu votos suficientes para se reeleger.
O descontentamento começou logo após as eleições com bloqueios feitos em vários pontos de rodovias federais pelo país. Na região do vale do Arinos, um grupo também trancou a passagem na rodovia MT-338 em Juara, que depois acabou sendo liberado. Em Porto dos Gaúchos, um grupo também ensaiou um manifesto as margens da rodovia MT-338, em frente ao parque de exposição da cidade, mas não chegou a durar 03 dias.
A princípio, ideia dos bloqueios nas rodovias, era de que após 72hs das eleições, o presidente Jair Bolsonaro fizesse um pronunciamento anunciando um golpe e uma tomada do poder a força. Porém passado esse tempo, o presidente fez um pronunciamento curto que frustrou seus eleitores, apenas agradecendo a votação obtida, e iniciou a transição de governo para a equipe indicada pelo presidente eleito.
Depois em outro pronunciamento pelas redes sociais, o presidente pediu para que os manifestantes desobstruíssem as rodovias, mas deixou nas entrelinhas que protestos pacíficos eram bem vindos, o que deu novo gás aos eleitores inconformados para que continuassem os protestos, concentrando as manifestações em frentes aos quarteis do exército nas capitais, pedindo a intervenção militar.
Fraude nas urnas
Recentemente, os bolsonaristas tem buscado combustível para continuarem as manifestações, baseando-se em informações do canal “La Derecha Diário” no YouTube, que vem divulgando informações falsas sobre as eleições brasileiras.
Em lives feitas, o argentino Cerimedo afirma que teria recebido um relatório do Brasil com dados que apontam fraudes nas urnas. Ele sustenta que cinco modelos de urnas eletrônicas teriam sido usadas nas eleições deste ano. E que somente o modelo 2020 dos equipamentos seriam auditáveis e teriam sido submetidos a teste, o que é falso.
Ele afirma ainda que os modelos antigos registrariam mais votos para Lula, eleito presidente, do que para Bolsonaro, o que também é fake News já desmentido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Em nota, o TSE informou que todos os modelos, antigos e novos, foram testados e auditados. E ressalta que os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e que todos foram utilizadas nas eleições 2018, que elegeu Bolsonaro presidente.
Ainda de acordo com o TSE, as urnas eletrônicas modelo 2020 também passaram por testes, e não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade. O TSE informou ainda que o software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021.
As eleições no Brasil foram acompanhadas por 55 observadores de 17 nacionalidades da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA)
Fonte: Porto Noticias
