O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) coletou mais de mil assinaturas, de estudantes e profissionais de 25 estados e do Distrito Federal, em um abaixo-assinado contra o ensino a distância (EAD) no curso de enfermagem. A autarquia defende que a graduação seja feita de forma 100% presencial para que seja mantida a qualidade dos cursos oferecidos em todo o país.
Estão abertas duas consultas públicas sobre essa modalidade de ensino, uma do Senado e outra do Ministério da Educação (MEC). Juntas, as duas publicações já obtiveram cerca de 20 mil votos, a maioria deles favorável ao fim do EAD nos cursos da área da saúde como enfermagem, medicina, odontologia, fonoaudiologia e psicologia.
“Entendemos que a saúde não é mercadoria e permitir cursos 100% EAD agrava a já insuficiente qualidade do cuidado, expondo a população a muitos riscos. Defender a formação presencial na enfermagem é defender os direitos da sociedade brasileira”, diz trecho do documento.
As assinaturas foram coletadas em outubro deste ano durante o 25º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), realizado em João Pessoa (PB). O próximo passo é encaminhar o documento para os deputados federais de Mato Grosso para contribuir com o debate sobre o tema no Congresso Federal.
“A enfermagem mostrou com esse abaixo-assinado que não quer cursos EAD na graduação de enfermagem. Não iremos nos calar diante da precarização da nossa profissão, já que esta modalidade de ensino visa apenas o lucro e não uma formação completa dos estudantes”, enfatiza a presidente do Coren-MT, Lígia Arfeli.
Redação