Toda a bancada do PL de Mato Grosso na Câmara Federal votou, na noite desta quarta-feira (10), pela soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 2018.
Os deputados José Medeiros, Abílio Brunini, Amália Barros e Coronel Fernanda seguiram a orientação da cúpula nacional do PL, principalmente do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A tarde, José Medeiros, considerado um dos mais fanáticos seguidores de Bolsonaro, já havia votado pelo relaxamento da prisão de Brazão, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O deputado carioca está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Além dos deputados do PL, da bancada de MT votou pela soltura de Chiquinho Brazão o deputado Coronel Assis.
Ele é do União Brasil, mas sempre vota conforme a orientação da cúpula bolsonarista.
Em 2022, na base de apoio do governador Mauro Mendes (União), o deputado-coronel apoiou a camanha do então presidente, que tentava a reeleição.
Contra o relaxamento da prisão de Brazão votaram os deputados Emanuel Neto (MDB), Juarez Costa (MDB) e Gisela Simona (União).
MAIORIA – Na votação em Plenário, à noite, a Câmara dos Deputados confirmou, por 277 votos a 129, a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão.
Com a votação, ele permanecerá preso enquanto responde pelos dois assassiantos.
A votação causou apreensão entre governistas após deputados do União Brasil, PL, Republicanos e PP agirem para esvaziar a sessão e tentar impedir que a prisão tivesse os votos mínimos para ser mantida.
Para manter a prisão, eram necessários não apenas uma vitória no plenário, mas que ela tivesse no mínimo 257 votos.
Entre os partidos que mais apoiaram a soltura de Brazão estão o PL, que deu 71 votos pela liberdade do parlamentar.
O União Brasil, que expulsou Brazão da sigla após sua prisão, deu 22 votos para que ele pudesse ser colocado em liberdade.
Gazeta Digital