A China anunciou nesta 5ª feira (14.jan.2021) que registrou a 1ª morte por covid-19 em 8 meses. A última confirmada oficialmente havia ocorrido em maio de 2020.
O país tenta conter novos surtos e cancelou as festividades do Ano Novo Chinês, celebrado em 12 de fevereiro, em 8 províncias. Entre elas, Hubei, cuja capital é a cidade de Wuhan, epicentro da pandemia que já matou mais de 1,9 milhão de pessoas no mundo.
A Comissão Nacional da Saúde não deu detalhes sobre a morte. Disse apenas que foi registrada em Hebei, província que tem várias cidades em confinamento.
Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, descreveu a situação de prevenção e controle da covid-19 no país como “complexa” e “desafiadora”.
Segundo as autoridades chinesas, o país teve 138 novos casos de infecção pelo coronavírus nesta 5ª feira (14.jan), maior número desde março. Somam-se ao valor mais 78 casos assintomáticos, contados separadamente pelo governo.
OMS INVESTIGA ORIGEM DO CORONAVÍRUS
Uma equipe da OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou ao país nesta 5ª feira (14.jan). Os pesquisadores vão investigar a origem da pandemia em Wuhan.
A delegação está em quarentena por duas semanas e, depois, começará a investigação. A equipe é composta por virologistas e epidemiologistas de EUA, Austrália, Alemanha, Japão, Reino Unido, Rússia, Holanda, Catar e Vietnã.
Um porta-voz do governo de Pequim disse que a equipe da OMS vai “trocar opiniões” com cientistas chineses.
A chegada ocorreu depois de quase um ano de negociações com a OMS. A China tenta se desvencilhar da responsabilidade pela pandemia. Em dezembro de 2020, a Academia Chinesa de Ciência, que pertence ao governo chinês, publicou um estudo indicando que o coronavírus pode ter surgido na Índia, em maio de 2019.
No mesmo mês, a mídia estatal da China publicou notícias que deturpavam falas de especialistas da OMS. Autoridades chinesas disseram que alimentos embalados no exterior podem ter levado o vírus ao país.