Home Ultimas Notícias Deputado diz que cota zero para pesca amadora deixará cidade fantasma e muda projeto do governo

Deputado diz que cota zero para pesca amadora deixará cidade fantasma e muda projeto do governo

6 min ler
0
O deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) anunciou que irá apresentar substitutivo integral à mensagem do Executivo que prevê cota zero para pesca amadora em Mato Grosso. De acordo com o parlamentar, o texto original, se aprovado, causaria grande dano econômico a municípios que têm arrecadação ligada à pesca e a atividades turísticas ligadas a essa prática.

“O povo de Santo Antônio e Barão está aterrorizado. É como nós recebemos um depoimento de um morador de Santo Antônio no qual ele desabafa dizendo que o temor é que a cidade se torne uma cidade fantasma, totalmente abandonada por essas questões, então essa linha nós estamos trabalhando para que nós possamos fazer com que essas pessoas continuem a desenvolver o seu trabalho”, afirmou Nascimento, durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (2) para debater o assunto.

“Eu estive em Alto Paraguai e lá cerca de 350 a 400 pais de família vão ficar desempregados se caso aprovar a Lei da Cota Zero porque são pessoas que vivem da retirada da minhoca, então imagina 400 pais de família que aprenderam na sua vida apenas trabalhar e vivem da extração da minhoca. Por aí já notamos que a cidade de Santo Antônio é uma cidade que depende muito da pesca, não é o Estado proibindo por cinco anos de fazer o uso da pesca que nós vamos resolver os problemas”, criticou.

Na prática, o Projeto de Lei nº 668/2019 (Mensagem nº 107/2019) proíbe, em seu artigo 18, a comercialização e o transporte de pesca amadora por cinco anos em Mato Grosso a partir do ano de 2020. O pescador teria de soltar o animal de volta no rio na sequência ou consumi-lo no local da pesca.

“Isso seria um retrocesso à população mato-grossense, na qual nosso corpo jurídico fez um trabalho detalhado e nós estamos apresentando substitutivo integral. A questão não é suspender o direito ao cidadão pescar por cinco anos a resolver essa problemática, é criarmos dispositivos para que a fiscalização aconteça”, argumentou Elizeu Nacimento.

Para o parlamentar, a preservação ambiental depende mais da aplicação das leis atuais do que da radicalização. “Se nós tivermos a Lei que já existe, tendo uma fiscalização adequada no que tange a questão dos 5kg a cada pescador, porque tem pescador que não pega nem 1kg quando ele vai na beira do rio. O pescador tradicional ou o pescador que vai de vez em quando não são as pessoas que cometem a pesca predatória e prejudicam nosso Estado. Não é dessa forma que nós vamos conseguir resolver a problemática”.

Elizeu explica que quer um substitutivo que permita a fiscalização efetiva e que as multas geradas retornem em 30% para o Batalhão de Polícia Militar Ambiental e 35% para a Sema, de modo que os responsáveis pelo controle do pescado tenham condições de atuação.

“Hoje, inclusive, não tem praticamente nem barco para fiscalizar, não tem viaturas para poder transitar e fazer as fiscalizações. Então se nós tivermos essas entidades com investimento para poder fazer a sua fiscalização e mais 30% desses 100% ser investido nos alevinos para poder povoar os rios, eu tenho certeza que nós permaneceremos com a sociedade tendo direito ao lazer de ir a beira do rio pescar um peixinho e trazer para a sua família comer na sua casa, além disso, sem fazer prejuízo ao meio ambiente”.

Carregue mais postagens relacionados
Carregue mais por Porto Notícias
Carregue mais em Ultimas Notícias
Comentários estão fechados.

Verifique também

Mulher procura pelo irmão João Ferreira Azevedo que segundo informações pode morar em Porto dos Gaúchos

Eva Ferreira Azevedo que mora em Cuiabá, entrou em contato com a redação pedindo ajuda par…