É claro que nem todos estão sendo atingidos da mesma maneira. Indústrias de alimentos e bebidas, por exemplo, não precisam de prorrogação no pagamento de impostos. As vendas aumentaram. Países e Estados que dependem da venda de matérias-primas, como o Brasil e Mato Grosso, estão em uma situação delicada.
Micro e pequenas empresas, que segundo levantamento divulgados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT) no fim do ano passado, geram 59% das vagas de trabalho em Mato Grosso sofrem mais. São mais de 87 mil estabelecimentos que empregam quase meio milhão de pessoas, e que em sua maioria precisarão de medidas que ajudem na sobrevivência nos próximos meses.
Assim, as lideranças destes setores se movimentam e tentam buscar soluções que diminuam os prejuízos e estudam ações que deixem o futuro um pouco menos sombrio para aqueles que realmente precisam.
Entidades como a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (FECOMÉRCIO) enviaram ofício ao governo do Estado e à prefeitura de Cuiabá com a sugestão de um pacote de medidas que visam a manutenção dos empregos e dissolver ao máximo o risco de demissões.
As entidades solicitam ainda o adiamento e a suspensão de alguns tributos, que dariam fôlego ao setor neste momento. Sugerem alternativas de receita ao Poder Executivo estadual e municipal entre elas a reforma administrativa, o cancelamento do pagamento das Verbas Indenizatórias em todos os poderes e o congelamento do pagamento da RGA por dois anos. O governo pode mostrar que as necessidades da população é sua prioridade, mas para isso será preciso cortar da própria carne, algo que poucas vezes aconteceu até aqui. Afinal não estamos falando de vidas versus economia e sim vidas versus vidas.
Junior Macagnam é empreendedor, liberal e presidente do Sincalco